Simplificando:
FELIZ 20009!
Que este ano que está chegando nos faça feliz, nos torne mais humanos, mais poetas, mais amaveis, e nos guie para um caminho de alegrias!
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Minha cartinha...

Isso mesmo Papai Noel, leia com atenção.
Minha cartinha é longa, cheia de emoções e curta talvez nas palavras.
Mas, sei que tudo que lhe peço exigirá muito de ti, então se nem tudo vier neste dia, eu aceito até ano que vêm sem o acréscimo de juros...
Eu quero que as pessoas sintam o Natal com menos tristezas.
Desejo mais abraços e sorrisos.
Quero menos comida na mesa da ceia e mais balões vermelhos pela casa, uma faixa de Feliz Natal e muito brigadeiro.
Quero Papai Noel entender melhor o mundo. E esperar só o real dele.
Quero sonhar mais e realizar também.
Papai...me manda a receita da felicidade? Uma xícara de amor, duas de descomplicação, 1/3 de quê mesmo? uhuuummm
Ah, não pode faltar doce. Doce de pessoas, doce de amigos, doce de família, doce de filho, doce de namorado (futuro, atual, passado, pretendente...não importa), doce de gente que amo.
Eu quero um beijo doce também e um telefonema com sabor de negresco!
Ah, Papai Noel não esquece das tintas? Quero pintar um mundo bem colorido.
Também preciso de um GPS, pra tver que posso razer para perto tudo o que me parece longe,
Quero um lago com cisnes e uma trilha sonora para compor cada momento da vida.
Papai Noel, me dá também um saquinho de paciência? A minha foi pro espaço este ano...
Ah...eu também preciso de saudades, elas temperam meu viver e me fazem menos humana, mais divina. Mais feliz...
Papai Noel, ensina as pessoas a rezarem? Não o Pai Nosso, nem nada assim. Apenas ensina-nos a conversar com o Pai Celestial?
Também me ensina ser mais amável e me explica um pouco sobre bondade? E sobre compreensão?
Ah..não diz que você tá sem tempo!! FAz assim, me deixa por último e daí fica até o dia clarear comigo aqui na frente da lareira sem fogo aceso, mas com todo o calor do meu espiríto natalino...
Papai Noel me põe pra dormir? Me canta aquela musiquinha que ia apresentar no fim de ano da primeira série? Hm...como era mesmo... você deve lembrar... era algo como.. "Em Belém nasceu Deus menino"...
Papai Noeeeelll! Eu esqueci! Pedi, pedi e não fiz o principal...temos que cantar "parabéns pra você".
Não Papai Noel, não é pra ti... É pro Menininho de Belém.. Ele está de aniver... e eu gosto tanto d'Ele, o Cara mais simpático, não? Ele mudou o mundo.
Ah...que pena, Ele ainda não conseguiu mudar meu mundo.
Então vamos fazer assim, só pra terminar...o senhor dá uma palavrinha com Ele antes vir me pede pra Ele me amar mesmo assim?
Então vamos fazer assim, só pra terminar...o senhor dá uma palavrinha com Ele antes vir me pede pra Ele me amar mesmo assim?
Ah...Papai Noel eu prometo que até ano que vêm torno minha lista mais simples...tipo um carrinho pro Bê, um sapato novo...essas coisas que as pessoas normais pedem...eu vou me esforçar.
Seu copo de leite está na parte de dentro da sacada, tá? (hehhe... afinal, eu não sou boba, quero vê-lo chegar....)
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
As coisas que não me interessam...
Queria minha vida num retrato. Ele provavelmente seria em p&b.
Sem cores, sem vida, estático. Um sorriso mudo. E nenhum clima de Natal.
A vida que sempre me pregou peças nunca foi tão insossa. Tão sem emoção. Ou tão dominado de maus momentos.
Antes o sorriso do pequeno me fazia feliz. Hoje nem isso me basta Nada anda sendo suficiente, porque o vazio está profundo demais.
Cadê meus amores? Onde foram parar todas as minhas paixões, que de repente tudo perdeu o valor?
A falta de fidelidade comigo mesma. A morte do físico. Do que resta.
Não é sobre coisas assim que quero escrever. Gostava mais de minhas queixas amorosas. E nem elas hoje existem.
Cadê você para me fazer sofrer? Prefiro morrer de amor. Do que por qualquer outra besteira emocional.
Vida tão doce quanto sal.
Vida tão clara como a noite.
Tão vida quanto a morte.
As coisas que não me interessam mais. A vida, o sol, a lua, a poesia, os amigos, os sonhos, as paixões, o contexto, as verdades, as mentiras, o sabor, o momento....
Sem cores, sem vida, estático. Um sorriso mudo. E nenhum clima de Natal.
A vida que sempre me pregou peças nunca foi tão insossa. Tão sem emoção. Ou tão dominado de maus momentos.
Antes o sorriso do pequeno me fazia feliz. Hoje nem isso me basta Nada anda sendo suficiente, porque o vazio está profundo demais.
Cadê meus amores? Onde foram parar todas as minhas paixões, que de repente tudo perdeu o valor?
A falta de fidelidade comigo mesma. A morte do físico. Do que resta.
Não é sobre coisas assim que quero escrever. Gostava mais de minhas queixas amorosas. E nem elas hoje existem.
Cadê você para me fazer sofrer? Prefiro morrer de amor. Do que por qualquer outra besteira emocional.
Vida tão doce quanto sal.
Vida tão clara como a noite.
Tão vida quanto a morte.
As coisas que não me interessam mais. A vida, o sol, a lua, a poesia, os amigos, os sonhos, as paixões, o contexto, as verdades, as mentiras, o sabor, o momento....
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Fazendo arte...
Contar uma história é sempre fascinante. Nem sempre isso significa que seja simples. Eu digo mais, isso quase sempre é difícil.
Você tem um espaço sob medida e tem que filtrar seu conto a essa medida, você tira, você coloca, você explica. Pode virar uma confusão. Ou pode gerar emoção. Depende do olhar de quem conta. Depende do que leva em consideração.
Eu gosto das histórias que tem sabor de chocolate. O chocolate gera sensações. Não sou muito das que são como sorvete. São gostosas, valem a pena, mas são frias. Meus dias são de inverno e um chocolate sempre é mais prazeroso.
Contar histórias é reescrever destinos, momentos. Quando você fotografa imprime emoções. Mas a imagem, completa que é, fala por si. É a própria representação da realidade (com exceções), ou deveria ser.
O texto não. Eu posso dizer que com a chuva na fazenda da cidade ao lado morreram animais. Eu posso ir até lá e descobrir que uma família tinha apenas uma vaca e 10 galinhas que geravam o sustento da família e ainda tinham um cachorrinho que era o xodó do filho menor. E eles ficaram sem nenhum.
Gosto de viver um pouco das recordações alheias, é verdade. Posso enveredar por caminhos remotos da minha vidinha nova. Minha pouca idade não me permite vivenciar horrores, nem tantas paixões. Mas, ainda posso viver as da dona Maria, assim como as injustiças do seu Malaquias.
Contar histórias é sair do movimento de rotação do meu mundo. É viver momentos de translação no sol do outro.
E quem sabe um dia alguém ainda contará minhas histórias e outro alguém achara graça, ou despertará alguma lágrima de comoção?
Quando sua vida vira passado, ela vira minha notícia...
Você tem um espaço sob medida e tem que filtrar seu conto a essa medida, você tira, você coloca, você explica. Pode virar uma confusão. Ou pode gerar emoção. Depende do olhar de quem conta. Depende do que leva em consideração.
Eu gosto das histórias que tem sabor de chocolate. O chocolate gera sensações. Não sou muito das que são como sorvete. São gostosas, valem a pena, mas são frias. Meus dias são de inverno e um chocolate sempre é mais prazeroso.
Contar histórias é reescrever destinos, momentos. Quando você fotografa imprime emoções. Mas a imagem, completa que é, fala por si. É a própria representação da realidade (com exceções), ou deveria ser.
O texto não. Eu posso dizer que com a chuva na fazenda da cidade ao lado morreram animais. Eu posso ir até lá e descobrir que uma família tinha apenas uma vaca e 10 galinhas que geravam o sustento da família e ainda tinham um cachorrinho que era o xodó do filho menor. E eles ficaram sem nenhum.
Gosto de viver um pouco das recordações alheias, é verdade. Posso enveredar por caminhos remotos da minha vidinha nova. Minha pouca idade não me permite vivenciar horrores, nem tantas paixões. Mas, ainda posso viver as da dona Maria, assim como as injustiças do seu Malaquias.
Contar histórias é sair do movimento de rotação do meu mundo. É viver momentos de translação no sol do outro.
E quem sabe um dia alguém ainda contará minhas histórias e outro alguém achara graça, ou despertará alguma lágrima de comoção?
Quando sua vida vira passado, ela vira minha notícia...
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
E mais uma vez quase o fim,

Para mim os dias têm cores. O dia de hoje está azul acinzentado. Ele não é de todo triste, ele não é de todo alegre. A vida com suas não sensações que me perturbam.
A minha vida está na hora de tomar rumo e quero pintá-la. De preferência com todas as cores do arco-íris. É meu presente de Natal para mim.
Como vou conseguir tinta? Não sei.
Muitas coisas eu não sei. Mas, de todas as incertezas uma garantia: sei onde quero chegar. Não sei por que caminhos, ou de que forma.
Mas, meu presente inclui descobrir como. Assim, como ao abrir pela primeira vez uma caixinha musical, você não sabe a canção. Mas, sabe que algo tocará.
Eu quero uma borboleta e um avião rosa e grená. Eu quero ir para poder voltar.
Aliás, o que mais quero é voltar. Embora já entendi que para isso preciso ir um pouco mais. São dois anos. Quase um intercâmbio a procura do meu lugar.
Quando tudo terminar, quando os laços puderem se cortar, quando eu puder jogar ao alto o chapéu, quando eu estiver no meu lugar do coração. Não me importarão tantas coisas. Eu viverei mais de quem sou.
É fim de ano e sempre me prometo não prometer nada que não irei cumprir, para este ano que acaba não tinha metas, alcancei algumas coisas, para 2009 tenho ideais e agora sei que posso realizar.
Está chegando....
A minha vida está na hora de tomar rumo e quero pintá-la. De preferência com todas as cores do arco-íris. É meu presente de Natal para mim.
Como vou conseguir tinta? Não sei.
Muitas coisas eu não sei. Mas, de todas as incertezas uma garantia: sei onde quero chegar. Não sei por que caminhos, ou de que forma.
Mas, meu presente inclui descobrir como. Assim, como ao abrir pela primeira vez uma caixinha musical, você não sabe a canção. Mas, sabe que algo tocará.
Eu quero uma borboleta e um avião rosa e grená. Eu quero ir para poder voltar.
Aliás, o que mais quero é voltar. Embora já entendi que para isso preciso ir um pouco mais. São dois anos. Quase um intercâmbio a procura do meu lugar.
Quando tudo terminar, quando os laços puderem se cortar, quando eu puder jogar ao alto o chapéu, quando eu estiver no meu lugar do coração. Não me importarão tantas coisas. Eu viverei mais de quem sou.
É fim de ano e sempre me prometo não prometer nada que não irei cumprir, para este ano que acaba não tinha metas, alcancei algumas coisas, para 2009 tenho ideais e agora sei que posso realizar.
Está chegando....
domingo, 14 de dezembro de 2008
A falta e o excesso
Para falar de tudo que não quero que seja dito.
Todas as vezes que me sinto assim busco tradução em composições prontas.
Hora precisei de uma música para levantar meu astral e até encontrei. O que não achei foi o conforto necessário, a sensação de compreensão que também buscava.
Hoje me redescobri em Lenine. Meio deprê, mas tão cheio de vida nessa minha morte..
A morte dos sonhos, das vontades, das verdades.
A morte do que não foi dito por medo de dizer.
O medo do não.
A falta da oração.
A morte do risco. O não querer tentar.
E quem me mata a alma num lampejo de desejo.
"Tô" sempre tentando vencer. Transformando dores num motivo a mais. E de repente a vontade se perdeu de mim.
Não sei ao certo se é culpa do tempo, do relógio sem pilha, do sol que nasce mais tarde nos dias de verão.
Não sei se é culpa do retrato que guardei, da falta de lógica que é o sentir.
Não sei.
Não sei se é culpa minha, ou se foi sua.
Não sei se a morte é passo para a vida.
Se é o começo do me perder e me ganhar.
Se é culpa do delete que dei sem querer.
Do sorriso que esqueci de fotografar.
Do carinho que não soube dar.
Daquele que não quis guardar.
Sei apenas que esta morte fria que acalenta.
Nem é assim tão ruim.
Uma sensação tão sem sensação...
A morte da saudade que me afoga, a morte que não quis matar.
A palavra que preciso junto ao abraço que deixei a meia légua.
Todo o amor que a vida leva, que a morte persegue e que só você não entende que é pra ti que preciso entregar.
E ah! Se ao menos você existisse como uma regra matemática.
Se fosses tão simples como uma metáfora.
Se fosses fácil de encontrar.
Se você ao menos existisse...
Todas as vezes que me sinto assim busco tradução em composições prontas.
Hora precisei de uma música para levantar meu astral e até encontrei. O que não achei foi o conforto necessário, a sensação de compreensão que também buscava.
Hoje me redescobri em Lenine. Meio deprê, mas tão cheio de vida nessa minha morte..
A morte dos sonhos, das vontades, das verdades.
A morte do que não foi dito por medo de dizer.
O medo do não.
A falta da oração.
A morte do risco. O não querer tentar.
E quem me mata a alma num lampejo de desejo.
"Tô" sempre tentando vencer. Transformando dores num motivo a mais. E de repente a vontade se perdeu de mim.
Não sei ao certo se é culpa do tempo, do relógio sem pilha, do sol que nasce mais tarde nos dias de verão.
Não sei se é culpa do retrato que guardei, da falta de lógica que é o sentir.
Não sei.
Não sei se é culpa minha, ou se foi sua.
Não sei se a morte é passo para a vida.
Se é o começo do me perder e me ganhar.
Se é culpa do delete que dei sem querer.
Do sorriso que esqueci de fotografar.
Do carinho que não soube dar.
Daquele que não quis guardar.
Sei apenas que esta morte fria que acalenta.
Nem é assim tão ruim.
Uma sensação tão sem sensação...
A morte da saudade que me afoga, a morte que não quis matar.
A palavra que preciso junto ao abraço que deixei a meia légua.
Todo o amor que a vida leva, que a morte persegue e que só você não entende que é pra ti que preciso entregar.
E ah! Se ao menos você existisse como uma regra matemática.
Se fosses tão simples como uma metáfora.
Se fosses fácil de encontrar.
Se você ao menos existisse...
sábado, 6 de dezembro de 2008
No jardim,

Do outro lado um alguém a espreita sorri com as mãos nos bolsos.
Um encanto com o que vejo, um encanto pelo que quero ver.
Uma borbeleta azul que voa em minha direção, um borbulhar de cócegas na alma que me faz sorrir.
E por tudo vale a pena se sentir assim?
...
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Experiência nada sentimental

Sabe está batendo uma tristeza. Toda a primeira empolgação de trabalhar em um jornal foi embora.
Perdeu-se no ar. Evaporou. Meu texto não é o que foi um dia e a segurança me abandonou. Não ouvi elogios ainda e isso me deixa perdida sem saber se estou agradando ou não, sem saber se meus textos não entraram por serem ruins, menos relevante ou falta de espaço ou se foi por tudo isso em conjunto.
Gostei de duas matérias que escrevi, uma gostei muito, uma entrou. A outra gostei um tanto, ela não apareceu na edição de hoje. É a primeira vez que trabalho e não gosto tanto. É a primeira vez que me sinto desmotivada neste ambiente. É uma sensação estranha e incomoda.
Escolhi a profissão errada? Escrevo tão mal assim?
Ou é apenas o veículo errado? Ganhar bem ou trabalhar onde se é valorizada?
Admito que comecei a gostar do texto de TV, a primeira vez em três anos de academia que me sinto atraída por esta área, mas ainda não me sinto pronta para arriscar uma rejeição nesse meio.
Talvez eu não estivesse pronta nem para o jornal impresso. Realmente não sei. A criatividade se perdeu. O amor, a paixão, cadê? Que foi que me aconteceu?
Desacreditei? Oras, oras essa não sou eu.
Alguém pode dizer que escrevo bem?
“Antigas verdades viraram mentiras” (Leoni)
Perdeu-se no ar. Evaporou. Meu texto não é o que foi um dia e a segurança me abandonou. Não ouvi elogios ainda e isso me deixa perdida sem saber se estou agradando ou não, sem saber se meus textos não entraram por serem ruins, menos relevante ou falta de espaço ou se foi por tudo isso em conjunto.
Gostei de duas matérias que escrevi, uma gostei muito, uma entrou. A outra gostei um tanto, ela não apareceu na edição de hoje. É a primeira vez que trabalho e não gosto tanto. É a primeira vez que me sinto desmotivada neste ambiente. É uma sensação estranha e incomoda.
Escolhi a profissão errada? Escrevo tão mal assim?
Ou é apenas o veículo errado? Ganhar bem ou trabalhar onde se é valorizada?
Admito que comecei a gostar do texto de TV, a primeira vez em três anos de academia que me sinto atraída por esta área, mas ainda não me sinto pronta para arriscar uma rejeição nesse meio.
Talvez eu não estivesse pronta nem para o jornal impresso. Realmente não sei. A criatividade se perdeu. O amor, a paixão, cadê? Que foi que me aconteceu?
Desacreditei? Oras, oras essa não sou eu.
Alguém pode dizer que escrevo bem?
“Antigas verdades viraram mentiras” (Leoni)
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Enfim, elas chegaram!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Ontem,

Ontem eu precisei um tanto de ti.
Em meus sonhos contava com seu abraço, com seu sorriso. Um afago qualquer.
Ontem eu até tentei lhe dizer, mas você pareceu não me ouvir...
Ontem eu até tentei lhe dizer, mas você pareceu não me ouvir...
Pareceu não entender.
Acho que muitas vezes você não compreende. É isso de viver num mundo seu demais, e eu no meu.
Sem sintonia. Sem garantia alguma.
Mas, ontem eu precisei de ti um tanto.
Mas, ontem eu precisei de ti um tanto.
Era uma lágrima abafada e um corte na alma.
Um coração sem pulsos e um olhar que via e desconhecia.
Faz parte de mim, não sendo. Faz parte do estar aqui e permanecendo aí.
Tem gente no meio do caminho, mas ontem o abraço que precisei não estava por ali.
Faltou algum sorriso, faltou alguém. E poxa... ontem eu precisei um tanto de ti.
De tudo tive medo, medo desse estar só que onde eu não me cabia.
Ontem faltava um pouco do meu outro lado.
Ontem me faltou um beijo.
Um convite, uma consideração qualquer. Ontem eu não tinha nem coca-cola e chocolate.
Ganhei hoje um convite que não pude aceitar. Mas, admito que eu quis. Ando precisando de tudo que ontem você não pôde me dar.
Poxa..eram alguns minutos apenas.
Que eu precisei um tanto de ti.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
Porque são vários fins

Não é frescura. Não é melodrama. Não é pensamento negativo. É apenas uma vontade.
Que me incomoda. Mas que está presente. Que vai e volta. E fica. Invade meu sono. Quer torná-lo maior.
É querer acabar com tudo que está errado. O mundo parece ficar melhor. Um a menos. Um que não fará falta. Ela voltou. Intensa demais. Mas, quem faz não diz. Pode ser. O que falta é coragem. Já pensei em mil possibilidades, mil formas. Mas, eu só quero mesmo é chorar. É derrubar a maldita máscara de forte que criei. Eu não sou forte. Eu não quero ser. Eu não sou mais compreensiva.
E sim, eu erro. Erro demais. E pior, quero continuar errando. Gosto do erro. Gosto de onde erro. Eu não sei amar. Eu não sei viver essa vida, que pra mim soa medíocre. Nada aqui me faz feliz. Essa de hoje não é quem quero ser. Não sou assim. Sou tão mais. Já fui tão melhor.
To com saudades de mim. Saudades dos meus sonhos esquisitos, de querer escrever um livro. De estar cansada do trabalho, da faculdade, de ter um domingo muito meu.
Estou me boicotando. Quero destruir esta relação. Ela me faz mal. Não suporto ser assim. Quero ser mãe e não filha. Não quero ser sua filha. Quero cuidar da minha vida, da minha casa, da minha roupa, do meu lugar, do meu jardim. E não, eu não quero que você faça parte. Essa relação acaba comigo. Destrói o melhor de mim. Suga meu amor próprio e tudo agora desaba. Se eu te odeio? Não, de jeito algum. Eu amo você. O que odeio são suas atitudes para comigo, são suas omissões, as negligências, o tempo escasso, a falta de diálogo e excesso de esforços que faço. A conta estourou? Pergunte porquê. Foi pelas vezes que você não me ouviu e que tive que procurar outro ouvido, foi pelas vezes que fiquei sozinha tagarelando pro Bê, pra parede, pro teu cachorro. Chega! Quero férias de ti. Três meses sem te olhar, sem te ouvir, sem me magoar, sem disputar um minuto da sua atenção descomprometida. Sem tentar te ensinar a ser pai.
Não quero mais ser tua filha. Nunca mais nessa vida. Nem em outra. Nem no passado. Nem em sonho. Nem em pesadelo. Nem na morte que está a espreita.
Que me incomoda. Mas que está presente. Que vai e volta. E fica. Invade meu sono. Quer torná-lo maior.
É querer acabar com tudo que está errado. O mundo parece ficar melhor. Um a menos. Um que não fará falta. Ela voltou. Intensa demais. Mas, quem faz não diz. Pode ser. O que falta é coragem. Já pensei em mil possibilidades, mil formas. Mas, eu só quero mesmo é chorar. É derrubar a maldita máscara de forte que criei. Eu não sou forte. Eu não quero ser. Eu não sou mais compreensiva.
E sim, eu erro. Erro demais. E pior, quero continuar errando. Gosto do erro. Gosto de onde erro. Eu não sei amar. Eu não sei viver essa vida, que pra mim soa medíocre. Nada aqui me faz feliz. Essa de hoje não é quem quero ser. Não sou assim. Sou tão mais. Já fui tão melhor.
To com saudades de mim. Saudades dos meus sonhos esquisitos, de querer escrever um livro. De estar cansada do trabalho, da faculdade, de ter um domingo muito meu.
Estou me boicotando. Quero destruir esta relação. Ela me faz mal. Não suporto ser assim. Quero ser mãe e não filha. Não quero ser sua filha. Quero cuidar da minha vida, da minha casa, da minha roupa, do meu lugar, do meu jardim. E não, eu não quero que você faça parte. Essa relação acaba comigo. Destrói o melhor de mim. Suga meu amor próprio e tudo agora desaba. Se eu te odeio? Não, de jeito algum. Eu amo você. O que odeio são suas atitudes para comigo, são suas omissões, as negligências, o tempo escasso, a falta de diálogo e excesso de esforços que faço. A conta estourou? Pergunte porquê. Foi pelas vezes que você não me ouviu e que tive que procurar outro ouvido, foi pelas vezes que fiquei sozinha tagarelando pro Bê, pra parede, pro teu cachorro. Chega! Quero férias de ti. Três meses sem te olhar, sem te ouvir, sem me magoar, sem disputar um minuto da sua atenção descomprometida. Sem tentar te ensinar a ser pai.
Não quero mais ser tua filha. Nunca mais nessa vida. Nem em outra. Nem no passado. Nem em sonho. Nem em pesadelo. Nem na morte que está a espreita.
Orgulho bobo

Para contar algo que não é tão apropriado, mas que eu achei o máximo.
O Bê, o meu pequeno, quase que recém-nascido, mal saído de meu útero. Aquele menino que ainda dá passos incertos. Aquele menino do olhar sorridente. Do olhar de contente.
É esse menino mesmo que me fala sem dizer palavras. O menino que engatinha atrás de mim por onde vou me chamando de: mamãe. O menino que é meu bebê, mas que já não me deixa embalá-lo ao som de “mãezinha do céu”.
Ahh...o meu menininho já aprendeu a usar o banheiro. Sim, meu menino pequenino está se tornando um homenzinho.
E tive orgulho!
Foi meu orgulho mais bobo. Mas, me senti orgulhosa por ensiná-lo essa tarefa que todos executam com tamanha normalidade. Mas, para ele, meu pequeno homem foi um evento. Com direito a aplausos e risos. E ele entendeu.
Entendeu que alcançou o primeiro sucesso.
...
O Bê, o meu pequeno, quase que recém-nascido, mal saído de meu útero. Aquele menino que ainda dá passos incertos. Aquele menino do olhar sorridente. Do olhar de contente.
É esse menino mesmo que me fala sem dizer palavras. O menino que engatinha atrás de mim por onde vou me chamando de: mamãe. O menino que é meu bebê, mas que já não me deixa embalá-lo ao som de “mãezinha do céu”.
Ahh...o meu menininho já aprendeu a usar o banheiro. Sim, meu menino pequenino está se tornando um homenzinho.
E tive orgulho!
Foi meu orgulho mais bobo. Mas, me senti orgulhosa por ensiná-lo essa tarefa que todos executam com tamanha normalidade. Mas, para ele, meu pequeno homem foi um evento. Com direito a aplausos e risos. E ele entendeu.
Entendeu que alcançou o primeiro sucesso.
...
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
No amor que creio...
Será que o amor que acredito não existe? Esse amor de entrega, de cumplicidade. Não sei traduzir em palavras, em frase concretas e claras tudo que espero desse amor. O meu ‘cara certo’ apareceu duas vezes, mas nas duas seguimos caminhos diferentes. Haverá um terceiro? Ou quantos outros?
Amor que creio ele é entrega de um ao outro, todo dia. Ele é segurança e diálogo. Ele não tem vergonha, não faz reservas. Ele é carinhoso e sabe dizer não. Ele sabe dizer você está errado e sabe te elogiar quando acertas. O amor que creio te faz dois e não um. Ele te completa e te ensina. Sempre acrescenta, não existe para diminuir. Ele te acha linda de manhã cedo com os cabelos despenteados, mas te acha magnífica quando pronta para uma festa. Ele conversa contigo no silêncio de um olhar. E também respeita o dia que não podes ser tudo o que precisas. Ele entende que um dia você está bem e no outro é seu dia de mau humor, porque ele sabe que você é real.
Meu amor não quer viver um sonho. Não quer me tornar princesa de uma história perfeita com início, meio e fim. A minha história de amor desconhece o fim. Ela recomeça em cada amanhecer, e respira ao entardecer.
Meu amor almoça junto, canta junto, ri e chora. Ou simplesmente não faz nada. Meu amor verdadeiro gosta do que não suporto, mas respeita meu não gostar. Como também me ensina a provar, a arriscar.
Meu amor não briga, mas discute quando não concorda. Me ouve, eu o ouço e temos liberdade de chegar a conclusões diferentes. O amor que creio não se satisfaz com tua tristeza. Te ajuda a ser feliz, mesmo que isso não me faça completamente feliz. Ele me respeita os limites. Eu aos dele. É uma troca. Meu amor é feito de ceder, muito mais que doar.
Meu amor não se completa só nas semelhanças, mas na descoberta das diferenças. Meu amor cresce mais quando me falas a verdade, do que quando pintas a sua fala. Meu amor é feito de admiração. Amor para mim é admiração. Não posso amar alguém que não admire. Não posso amar alguém em quem não confie. Não posso amar alguém que não me traga segurança. Amor com excesso de ciúmes é cárie na alma.
O ciúmes que meu amor permite é só aquele para te deixar vermelho. É aquele que te faz olhar para mim de novo. É aquele que te faz pensar: és minha.
Meu amor sonha e realiza. Pensa e age. Meu amor se permite a dizer eu te amo, tanto quanto hoje não ‘tô’. Meu amor quer ter filhos, quer ter casa, mas sabe que é preciso esperar e construir. Meu amor respeita meu tempo. Meus medos. E me ensina a superá-los. Meu amor me diz o que preciso ouvir, desde que seja a verdade. Meu amor é amante, mas antes é meu amigo. O amor que creio nos torna cúmplices de todos os momentos, com ele não posso temer sonhar, nem acordar.
Meu amor faz o melhor sexo. Porque o faz com amor. Ele não tem pressa de chegar. Ele aceita só olhar. Mas, ele também entende se a noite posso estar sedenta. Sem pensar mal de mim, em nem uma e nem em outra situação. Para ele não preciso de dor de cabeça, não preciso pedir que vá com calma. Ele sabe o melhor jeito de me levar.
Meu amor entende o que penso, e o que não entende tem coragem de pedir explicação. Ele não tem medo do meu passado. E nem do nosso futuro. Meu amor é de certeza. Ele não continua buscando, porque acredita ter encontrado.
Será que esse amor tão cheio de entrelinhas é assim tão surreal? Só quero um amor simples. Um amor de verdade. Um amor que nos leve juntos a velha idade, um amor que quando as belezas nos abandonarem continue me olhando com a alegria do primeiro encontro. Um amor que entenda que amor nada tem a ver com a cor dos olhos, com o peso na balança, com o sorriso que sempre levo no rosto, com a voz que envolve. Um amor que compreenda que amor é menos. Que amor é amizade. Que amor é confiança. Que amor é querer estar junto. Que amor é feito de desejo. Do desejo de dar certo.
Que amor verdadeiro acontece de forma natural. Com o amor verdadeiro você não precisa de máscaras, de risos e caras e bocas. Com o amor verdadeiro você só precisa de paciência e tempo. Tempo para que a semente cresça nos dois, e paciência para cultivá-la. Com todos os ingredientes que ficaram nas sombras desta história.
Amor que creio ele é entrega de um ao outro, todo dia. Ele é segurança e diálogo. Ele não tem vergonha, não faz reservas. Ele é carinhoso e sabe dizer não. Ele sabe dizer você está errado e sabe te elogiar quando acertas. O amor que creio te faz dois e não um. Ele te completa e te ensina. Sempre acrescenta, não existe para diminuir. Ele te acha linda de manhã cedo com os cabelos despenteados, mas te acha magnífica quando pronta para uma festa. Ele conversa contigo no silêncio de um olhar. E também respeita o dia que não podes ser tudo o que precisas. Ele entende que um dia você está bem e no outro é seu dia de mau humor, porque ele sabe que você é real.
Meu amor não quer viver um sonho. Não quer me tornar princesa de uma história perfeita com início, meio e fim. A minha história de amor desconhece o fim. Ela recomeça em cada amanhecer, e respira ao entardecer.
Meu amor almoça junto, canta junto, ri e chora. Ou simplesmente não faz nada. Meu amor verdadeiro gosta do que não suporto, mas respeita meu não gostar. Como também me ensina a provar, a arriscar.
Meu amor não briga, mas discute quando não concorda. Me ouve, eu o ouço e temos liberdade de chegar a conclusões diferentes. O amor que creio não se satisfaz com tua tristeza. Te ajuda a ser feliz, mesmo que isso não me faça completamente feliz. Ele me respeita os limites. Eu aos dele. É uma troca. Meu amor é feito de ceder, muito mais que doar.
Meu amor não se completa só nas semelhanças, mas na descoberta das diferenças. Meu amor cresce mais quando me falas a verdade, do que quando pintas a sua fala. Meu amor é feito de admiração. Amor para mim é admiração. Não posso amar alguém que não admire. Não posso amar alguém em quem não confie. Não posso amar alguém que não me traga segurança. Amor com excesso de ciúmes é cárie na alma.
O ciúmes que meu amor permite é só aquele para te deixar vermelho. É aquele que te faz olhar para mim de novo. É aquele que te faz pensar: és minha.
Meu amor sonha e realiza. Pensa e age. Meu amor se permite a dizer eu te amo, tanto quanto hoje não ‘tô’. Meu amor quer ter filhos, quer ter casa, mas sabe que é preciso esperar e construir. Meu amor respeita meu tempo. Meus medos. E me ensina a superá-los. Meu amor me diz o que preciso ouvir, desde que seja a verdade. Meu amor é amante, mas antes é meu amigo. O amor que creio nos torna cúmplices de todos os momentos, com ele não posso temer sonhar, nem acordar.
Meu amor faz o melhor sexo. Porque o faz com amor. Ele não tem pressa de chegar. Ele aceita só olhar. Mas, ele também entende se a noite posso estar sedenta. Sem pensar mal de mim, em nem uma e nem em outra situação. Para ele não preciso de dor de cabeça, não preciso pedir que vá com calma. Ele sabe o melhor jeito de me levar.
Meu amor entende o que penso, e o que não entende tem coragem de pedir explicação. Ele não tem medo do meu passado. E nem do nosso futuro. Meu amor é de certeza. Ele não continua buscando, porque acredita ter encontrado.
Será que esse amor tão cheio de entrelinhas é assim tão surreal? Só quero um amor simples. Um amor de verdade. Um amor que nos leve juntos a velha idade, um amor que quando as belezas nos abandonarem continue me olhando com a alegria do primeiro encontro. Um amor que entenda que amor nada tem a ver com a cor dos olhos, com o peso na balança, com o sorriso que sempre levo no rosto, com a voz que envolve. Um amor que compreenda que amor é menos. Que amor é amizade. Que amor é confiança. Que amor é querer estar junto. Que amor é feito de desejo. Do desejo de dar certo.
Que amor verdadeiro acontece de forma natural. Com o amor verdadeiro você não precisa de máscaras, de risos e caras e bocas. Com o amor verdadeiro você só precisa de paciência e tempo. Tempo para que a semente cresça nos dois, e paciência para cultivá-la. Com todos os ingredientes que ficaram nas sombras desta história.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Parceiro da hora errada

Nem vem me dizer que a hora certa é agora.
Não vem me fazer acreditar que tudo aconteceu sem querer.
Que na hora ainda vai mudar.
To querendo ser bem menos amiga que sou.
Mas, me conheço e sei que vou entrar neste jogo de cara lavada.
Enxugar lágrimas e deixar acontecer.
Então não vem me dizer que não sei do que estou falando.
Isso é tão comum para mim, você não é o primeiro.
Mas, quem me dera crer que és o último.
terça-feira, 28 de outubro de 2008

Muitas lembranças que pairam após o fim. Aquela música, um cantor, um ritmo.
Um cheiro, o sabor.
O dia, a noite. O lugar marcado. O sonho de estar aqui, de estar lá.
Uma letra conhecida, um papel esquecido. Uma pasta em meio ao arquivo cheia de lembranças, sensações. Quase indescritíveis. Um som e uma voz. Todas as músicas que sinto saudade e não posso mais ouvir. Seria assinar a hora da nostalgia.
Seria me ferir.
Os saberes compartilhados. Desenhos, gostos, tons, afins. Aquela música que você me enviou numa tarde de sábado pelo msn há meses. No dia em que era mais um amigo na lista virtual. Depois foram outras tantas e sua empolgação em dividir algo que gostavas.
As minhas poesias, meus encantos, as conversas segredadas ao telefone. As maluquices, as besteiras sem fim. Hoje você não recebe minhas atualizações, não me envia suas novas edições. Eu aprendi de fotos, você não sei ao certo o que levou. Sei que deixou muito. O suficiente para marcar parte de mim. Para transformar, haver um antes e depois. Nada que me faça sofrer. Apenas que me causaram grande mudanças.
A vida sabemos que é assim. Com idas e vindas, gente que insiste em partir querendo ficar, sonhos compartilhados, desejados que nunca se concretizam. A paixão acaba antes, o fogo, o ardor. E tudo muda mais uma vez. E a gente tem medo de olhar para trás e lembrar. E já não quer pensar lá na frente.
Sempre sofri com maus entendidos, uma frase pela metade, outra com duplo sentido.
Gosto da distancia do fim. Da quebra. Cada um para seu lado e se acabou. Acaba a amizade também, parece essencial para que ela sobreviva das cinzas mais tarde. É um teste de fogo. Na maturidade, para o coração, para a coragem, para o amor.
Se eu pudesse pedir algo por último pediria para não contar nossos “segredos de liquidificador”, para não dividir em outro olhar o que nos fazia cúmplice. Quero que sejas original, em outras palavras. Quero que com o novo amor não cante os poetas que nos embalaram em algum momento, todos sem exceção. Quero que se dividindo não copie ou reproduza coisas que eram nossas. Não suportaria imagina-lo dizendo “hey” à outro alguém. Nem cantando Bryan Adams. Nem falando de futebol. Nem de fotografia ao mesmo estilo.
Seja novo. Seja você. Mas, não leve lembranças nossas. Nem as que aparentemente deram certo. Comece do zero. Conheça-se mais uma vez, deixe se descobrir. Não force. Não repita. Não me use. Deixe imaculada nossa história. A lembrança do que nos fez bem merece esse carinho especial. O último. Único.
E deixe pintado no retrato que ficava na parede a nossa história, real e mítica. Como deve sê-lo.
Um cheiro, o sabor.
O dia, a noite. O lugar marcado. O sonho de estar aqui, de estar lá.
Uma letra conhecida, um papel esquecido. Uma pasta em meio ao arquivo cheia de lembranças, sensações. Quase indescritíveis. Um som e uma voz. Todas as músicas que sinto saudade e não posso mais ouvir. Seria assinar a hora da nostalgia.
Seria me ferir.
Os saberes compartilhados. Desenhos, gostos, tons, afins. Aquela música que você me enviou numa tarde de sábado pelo msn há meses. No dia em que era mais um amigo na lista virtual. Depois foram outras tantas e sua empolgação em dividir algo que gostavas.
As minhas poesias, meus encantos, as conversas segredadas ao telefone. As maluquices, as besteiras sem fim. Hoje você não recebe minhas atualizações, não me envia suas novas edições. Eu aprendi de fotos, você não sei ao certo o que levou. Sei que deixou muito. O suficiente para marcar parte de mim. Para transformar, haver um antes e depois. Nada que me faça sofrer. Apenas que me causaram grande mudanças.
A vida sabemos que é assim. Com idas e vindas, gente que insiste em partir querendo ficar, sonhos compartilhados, desejados que nunca se concretizam. A paixão acaba antes, o fogo, o ardor. E tudo muda mais uma vez. E a gente tem medo de olhar para trás e lembrar. E já não quer pensar lá na frente.
Sempre sofri com maus entendidos, uma frase pela metade, outra com duplo sentido.
Gosto da distancia do fim. Da quebra. Cada um para seu lado e se acabou. Acaba a amizade também, parece essencial para que ela sobreviva das cinzas mais tarde. É um teste de fogo. Na maturidade, para o coração, para a coragem, para o amor.
Se eu pudesse pedir algo por último pediria para não contar nossos “segredos de liquidificador”, para não dividir em outro olhar o que nos fazia cúmplice. Quero que sejas original, em outras palavras. Quero que com o novo amor não cante os poetas que nos embalaram em algum momento, todos sem exceção. Quero que se dividindo não copie ou reproduza coisas que eram nossas. Não suportaria imagina-lo dizendo “hey” à outro alguém. Nem cantando Bryan Adams. Nem falando de futebol. Nem de fotografia ao mesmo estilo.
Seja novo. Seja você. Mas, não leve lembranças nossas. Nem as que aparentemente deram certo. Comece do zero. Conheça-se mais uma vez, deixe se descobrir. Não force. Não repita. Não me use. Deixe imaculada nossa história. A lembrança do que nos fez bem merece esse carinho especial. O último. Único.
E deixe pintado no retrato que ficava na parede a nossa história, real e mítica. Como deve sê-lo.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Estou com uma voz sensual. Sim, sempre achei sensualíssimo estar com aquela voz de quem acorda, aquela voz que só uma boa gripe lhe dá. Amanhã a minha completa aniversário, uma semana. Já passei, creio, por todos os estágios possíveis. Confundi com rinite, aceitei minha má sorte – gripe, quis minha cama, fiz dengo, manha (o que quiser chamar), pedi carinho, rejeitei a medicação, fui mais mãe que filha querendo ser somente filha, me conformei, acreditei estar melhor, me joguei na cama, fiz chá, dormi cedo, tomei banho demorado. Não teve jeito ela está me vencendo.
Mas, tem o lado bom. A voz sensual. A voz que canta e encanta. Também tem os olhos pequenininhos que gosto. E tem aquela sensação do banho: depois da água quente, a cama, o sono e o sonho e acordar com a sensação que se dormiu bem e que quer esticar mais cinco minutos. E hoje se pode.
É estar doente me traz muitas sensações gostosas. Minha vida inteira briguei com minha mãe, nunca conseguimos conversar, ela nunca me entendeu e eu nunca a aceitei. Mas todas as vezes que estive precisando de cama, ela foi além da farmácia. Cuidou, amou, protegeu, mimou. Ganhei sopa na cama e suco de laranja e sempre que estava um pouco melhor ela fazia a comida que mais gosto. Não se importava em acordar as 3h da manhã ou as 5h, ela ouvia minha tosse do outro quarto (hoje tenho para mim que nestas noites ela nunca dormia), bastava o menor movimento de desconforto e ela estava lá ao meu lado, segurou minha mão todas as vezes que precisei tirar sangue (inclusive durante minha gestação) sabia que eu desmaiaria sozinha, limpou as visitas do ‘Hugo’ sem nunca reclamar, fez chá de madrugada e ajeitou os travesseiros pelas minhas eternas crises de falta de ar, ficou ao meu lado até cada soro acabar, me perguntava a cada 15 min como me sentia, e a cada outros 15 insistia que eu devia me alimentar melhor.
Minha mãe foi eternamente uma super mãe. Com todos os defeitos que tem, com todas as adversidades que encontramos. Quando estávamos longe e eu ficava mal ela se preocupava, ligava, mandava alguém conhecido ir ver como estava, me dava dicas. Nunca me deixou na mão. Mas, eu do meu lado filha demais sempre a tive perto demais para enxergar a importância de tudo isso.
Eu sei que hoje preciso crescer, que hoje sou mãe em primeiro lugar, que chegou a hora de fazer a minha própria sopa (e a fiz, como cuidei do Hugo sozinha na madrugada). Mas, ela me faz uma falta. O zelo, o carinho, a proteção excessiva. E mesmo quando discordava dos começos, no fim esteve ao meu lado. Acordou cada madrugada que passei de pé nos dois últimos meses para chegada do Bernardo. Decidi muito mais a cesárea por não agüentar mais vê-la andando atrás de mim no escuro pela casa e dizendo: “Schali, ta contando direito as contrações?” e sempre seguido de um “tem certeza?” e no fim “olha vamos pro hospital, vai que é a hora”. “Mãe, não é. Faltam semanas!”
Eu sei que se morássemos juntas ainda não nos entenderíamos e sei que está magoada comigo, que sente falta do Bê, porque também foi a melhor vó que ele ganhou. A vó que mais me ajudou a cuidar propriamente dele, que não teve nojo de fralda suja, que não se importou de dar banho, de fazer mamadeira, que acordou de madrugada para ficar com o pequeno quando eu tinha que acordar as 6h porque ia trabalhar, e tinha o Bê e tinha a universidade e sabia que a próxima noite ia ser longa. Infelizmente foi o excesso de tudo isso que também nos afastou. Me obriguei a cortar muitos laços para crescer, e crescer como já dizia alguém, dói. E dói imensamente.
Essa sensação de dar colo, em vez de receber. De cuidar, a ser cuidada. De fazer, no lugar de ter tudo feito. Ah! Me rouba um tanto o chão ainda. Sei e sabemos quantas coisas piores aconteceram e quantas coisas boas estão acontecendo, mas um colo de mãe não cairia nada mal essa semana.
Essa sensação de dar colo, em vez de receber. De cuidar, a ser cuidada. De fazer, no lugar de ter tudo feito. Ah! Me rouba um tanto o chão ainda. Sei e sabemos quantas coisas piores aconteceram e quantas coisas boas estão acontecendo, mas um colo de mãe não cairia nada mal essa semana.
Queria um dia só, dez minutos que fossem para chorar um pouco. Me exclamar do corpo dolorido, da febre, daquela infeliz sensação de suor frio que parece que vou desfalecer. E queria sentar na cama depois do banho no meu melhor pijama cor-de-rosa ursinho e esperar ela aparecer na porta encostar as mãos sempre do mesmo jeito e perguntar se preciso de alguma coisa, ao que responderia: quero chá com bolacha maria e gotinhas de bálsamo branco, depois a mãe pode sentar aqui nos meus pés mais um pouco que eu mudo de lado para ganhar cafuné!
Se eu nunca disse o suficiente: EU te AmO mamãe!!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Comecei o dia levando na brincadeira meu trabalho de fotojornalismo. Estudamos, lemos, debatemos, assistimos e ouvimos sobre Sebastião Salgado durante várias aulas. Hoje era o dia de fazermos uma espécie de releitura da obra dele. O que mais me fascina e indigna é a minha própria perplexidade diante das fotos dele. Não importa se são crianças, velhos, se falamos em Êxodo ou Terras, ou no Espectro da Esperança. Minha cara no chão é a mesma.
Já chorei, já fechei o livro, já tive ânsia. Mas nem de longe olhando as fotos senti o que vivi quando fui fotografar. Para as primeiras fotos escolhi uma “tribo indígena” que se situa atrás da rodoviária aqui em Passo Fundo, a “tribo” é composta por três famílias, alguns agregados que nada tem de indígena. A única semelhança é a situação de marginalizado que vivem. Sim. Não fotografei oca, pajé, nem uma cultura exótica. Fotografei mais uma cena de pobreza. Brancos, negros, índios, pobres. Num lugar sem condições de receber individuo algum e oferecer se não conforto, dignidade. Não é conversa de menininha que teve tudo e nunca viu a vida lá fora. É papo de quem não consegue aceitar viver numa sociedade tão desproporcional. Eu estava ali de jeans, tênis e blusa. Eles estavam de pés de calço, sem banheiro, comida, no meio da imundice humana que criamos. Eu tinha em mãos um equipamento que vale mais dinheiro do que eles jamais terão na vida. Ia fotografar a vida deles. Eles eram meu objeto inanimado. Instinto de minha curiosidade sagaz. Eu me senti desumana. Queria pedir-lhes desculpas por estar ali, por ser o outro lado, por não poder fazer nada. Eles me contaram muito, pediram ajuda, socorro, querem ser vistos. Querem dizer ao mundo que existem e são tão importantes quanto eu e você que me lê. Eu não podia fazer absolutamente nada. Além de me resguardar na minha vergonha. Eles me presentearam com olhares de esperança, eu que esperava encontrar sofreguidão. Me ofereceram sorrisos, enquanto pensava encontrar desespero. Ganhei uma pulseira de pano, o ganha pão de uma senhora, que ao me ofertar me disse: “lembre de mim, porque eu rezarei por ti para que venças na vida”. Ela. Ela acredita em mim, como nem eu mesma sou capaz diariamente.
Tenho tido tantas lições, não sei se foi porque de repente cresci. Não sei se porque estou crescendo. Apenas sei que a vida tem sido extremamente generosa comigo. Escrever, descrever sobre essa experiência é uma maneira singela de agradecer pela oportunidade de ver a vida assim mesmo em p&b, como tanto gosto. De ter certeza que fiz a escolha certa, usar o jornalismo, a poesia, a paixão pela fotografia (que cresce) para desvendar o submundo que não nos sujeitamos a enxergar todo dia.
Já chorei, já fechei o livro, já tive ânsia. Mas nem de longe olhando as fotos senti o que vivi quando fui fotografar. Para as primeiras fotos escolhi uma “tribo indígena” que se situa atrás da rodoviária aqui em Passo Fundo, a “tribo” é composta por três famílias, alguns agregados que nada tem de indígena. A única semelhança é a situação de marginalizado que vivem. Sim. Não fotografei oca, pajé, nem uma cultura exótica. Fotografei mais uma cena de pobreza. Brancos, negros, índios, pobres. Num lugar sem condições de receber individuo algum e oferecer se não conforto, dignidade. Não é conversa de menininha que teve tudo e nunca viu a vida lá fora. É papo de quem não consegue aceitar viver numa sociedade tão desproporcional. Eu estava ali de jeans, tênis e blusa. Eles estavam de pés de calço, sem banheiro, comida, no meio da imundice humana que criamos. Eu tinha em mãos um equipamento que vale mais dinheiro do que eles jamais terão na vida. Ia fotografar a vida deles. Eles eram meu objeto inanimado. Instinto de minha curiosidade sagaz. Eu me senti desumana. Queria pedir-lhes desculpas por estar ali, por ser o outro lado, por não poder fazer nada. Eles me contaram muito, pediram ajuda, socorro, querem ser vistos. Querem dizer ao mundo que existem e são tão importantes quanto eu e você que me lê. Eu não podia fazer absolutamente nada. Além de me resguardar na minha vergonha. Eles me presentearam com olhares de esperança, eu que esperava encontrar sofreguidão. Me ofereceram sorrisos, enquanto pensava encontrar desespero. Ganhei uma pulseira de pano, o ganha pão de uma senhora, que ao me ofertar me disse: “lembre de mim, porque eu rezarei por ti para que venças na vida”. Ela. Ela acredita em mim, como nem eu mesma sou capaz diariamente.
Tenho tido tantas lições, não sei se foi porque de repente cresci. Não sei se porque estou crescendo. Apenas sei que a vida tem sido extremamente generosa comigo. Escrever, descrever sobre essa experiência é uma maneira singela de agradecer pela oportunidade de ver a vida assim mesmo em p&b, como tanto gosto. De ter certeza que fiz a escolha certa, usar o jornalismo, a poesia, a paixão pela fotografia (que cresce) para desvendar o submundo que não nos sujeitamos a enxergar todo dia.
segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Tive vontade de descrever sensações, sonhos, há uma luz nova no olhar. Uma vontade de viver tudo que antes projetava ao futuro e agora se manifesta dizendo: é hoje. Não pode ficar para amanhã. Uma vontade de ir além. Tem até uma pós que não existia antes nos planos. Tem um grupo novo de amigos. Outras saudades que ficam para trás. Algo que me fez bem e que me fez chorar horrores ao se findar, hoje olho como parte do passado já. Isso me alivia a alma. Tenho energia acumulada para cantar, pular, correr, fazer ginástica, estudar, ler e viver.
Comecei ao escolher outra tipologia. Fotografei outras histórias. Mudei a seleção de músicas. Ri mais. Permiti-me sonhar menos. Chega de sonhos. Quero viver. Fui menos amiga, mais companheira de mim. Estava com saudades disso. De mim mesma. Dos projetos. De viver por mim. Pelo que creio. De ser uma. Saudades do meu egoísmo. Tenho me amado tanto que afirmo hoje ter ciúmes de quem me rouba meu tempo comigo mesma. E isso é bom. Eu bebi. Eu dancei. Eu cantei. Eu sorri. Usei salto. Maquiei. Comi menos. Saí mais. A melhor semana depois de muitas aprisionada em um futuro que não chegaria. Gosto de finais assim. Gosto do que me faz bem.
Sinto-me no direito de excluir pessoas. Uma que seja, duas se julgar necessário. Sinto-me no direito de não contar. De não ir. De não fazer. De mudar de planos se quiser. De ficar um pouco mais. De dizer sim. De dizer não. Me sinto no direito de ser eu mesma, a Schali, a Maísa, a mãe, a menina, a filha, a pseudo-jornalista, a poetisa, a amante, com seus medos, com seus sonhos, com meus defeitos, com meus sorrisos.
Uma vez descrevi a solidão da forma errônea. Não havia naquele tempo aprendido o suficiente sobre mim mesma. E hoje sinto tanto prazer de estar assim que quero permanecer mais tempo. Isso é um misto de coragem e persistência. De amor e auto-estima. De vida e encontro. Hoje não corrijo mais erros de português alheio. Desisti dos outros em parte. Invisto mais em mim. Insisto mais em mim. Amo menos quem não merece meu amor. E isso me torna mais feliz.
Um amigo me disse sobre o amor: “amor é o conjunto de experiências afetivas, emocionais, sensitivas, de troca, duradoura, constante e de longo prazo”. Ele sabe o que diz. Tem base para isso. E eu concordo. Portanto se me conheceres hoje, nem pense em me dizer “eu te amo” amanhã pela manhã. Provavelmente o expulsarei da minha vida após isso.
Falando de amor, vou além, a primeira base para o amor existir é a amizade. Eu não viveria com alguém que não sou capaz de conversar horas a fio ou em pleno silêncio. Creio profundamente que depois de dez anos, vinte, meio século o que faz uma relação se manter é o diálogo, a beleza muda, a juventude vai embora, os amigos mudam, a crença religiosa pode ser que também, os seus gostos mais bizarros a serem divididos também estão sujeitos a mudanças drásticas, o sexo nem se fala (ou melhora incrivelmente ou você fica sempre esperando que amanhã fique mais intenso). Agora a conversa, a amizade, a cumplicidade que é conseqüência dela, o respeito, a confiança isso só aumenta conforme você se entregar nesta relação. Conforme os laços do quem sou eu e de quem é você se difundirem (e não! Isso não vai acontecer estritamente na cama!). Não se iluda.
Quero ao meu lado alguém capaz de gostar de mim exatamente como sou, a Schali, a Maísa, as outras tantas que me invento. Não pode gostar mais de uma ou de outra, nem pensar que pode me transformar todo dia. Pode me descobrir todo dia, toda noite. Pode me desvendar. Mas, nunca saberá mais de mim do que eu mesma. Não cheguei até aqui sem me conhecer. Não acredite nisso piamente. Você não sabe mais de mim do que eu. Só sou o que desejo ser. E você só saberá de mim o quanto eu desejar.
Sempre me entregarei como tela branca, preciso saber até onde vais. Preciso te conhecer, como me conheço. Preciso nas primeiras semanas te virar do avesso, ter certeza que somos ‘peças do mesmo jogo de lego’. Assim se não fores, posso seguir meu caminho e você o seu. Só não faça-me crer que és o original para depois se mostrar ‘made in china’. Não me parece justo comigo, não me parece correto consigo mesmo.
Não despreze meus sonhos. Não subestime minha percepção. Não teste minha inteligência. E principalmente não se julgue capaz de me enganar. Esse seria um péssimo começo.
Agora se tiveres paciência para esperar, para se desdobrar em pedaços, para me ver despir as mascaras da razão, quem sabe então nos encontramos. Quem sabe seremos realmente o papel e a caneta. Eu papel, você caneta por hora. Em outra você papel e eu caneta e assim revezamos até escrevermos nossa história.
...
Comecei ao escolher outra tipologia. Fotografei outras histórias. Mudei a seleção de músicas. Ri mais. Permiti-me sonhar menos. Chega de sonhos. Quero viver. Fui menos amiga, mais companheira de mim. Estava com saudades disso. De mim mesma. Dos projetos. De viver por mim. Pelo que creio. De ser uma. Saudades do meu egoísmo. Tenho me amado tanto que afirmo hoje ter ciúmes de quem me rouba meu tempo comigo mesma. E isso é bom. Eu bebi. Eu dancei. Eu cantei. Eu sorri. Usei salto. Maquiei. Comi menos. Saí mais. A melhor semana depois de muitas aprisionada em um futuro que não chegaria. Gosto de finais assim. Gosto do que me faz bem.
Sinto-me no direito de excluir pessoas. Uma que seja, duas se julgar necessário. Sinto-me no direito de não contar. De não ir. De não fazer. De mudar de planos se quiser. De ficar um pouco mais. De dizer sim. De dizer não. Me sinto no direito de ser eu mesma, a Schali, a Maísa, a mãe, a menina, a filha, a pseudo-jornalista, a poetisa, a amante, com seus medos, com seus sonhos, com meus defeitos, com meus sorrisos.
Uma vez descrevi a solidão da forma errônea. Não havia naquele tempo aprendido o suficiente sobre mim mesma. E hoje sinto tanto prazer de estar assim que quero permanecer mais tempo. Isso é um misto de coragem e persistência. De amor e auto-estima. De vida e encontro. Hoje não corrijo mais erros de português alheio. Desisti dos outros em parte. Invisto mais em mim. Insisto mais em mim. Amo menos quem não merece meu amor. E isso me torna mais feliz.
Um amigo me disse sobre o amor: “amor é o conjunto de experiências afetivas, emocionais, sensitivas, de troca, duradoura, constante e de longo prazo”. Ele sabe o que diz. Tem base para isso. E eu concordo. Portanto se me conheceres hoje, nem pense em me dizer “eu te amo” amanhã pela manhã. Provavelmente o expulsarei da minha vida após isso.
Falando de amor, vou além, a primeira base para o amor existir é a amizade. Eu não viveria com alguém que não sou capaz de conversar horas a fio ou em pleno silêncio. Creio profundamente que depois de dez anos, vinte, meio século o que faz uma relação se manter é o diálogo, a beleza muda, a juventude vai embora, os amigos mudam, a crença religiosa pode ser que também, os seus gostos mais bizarros a serem divididos também estão sujeitos a mudanças drásticas, o sexo nem se fala (ou melhora incrivelmente ou você fica sempre esperando que amanhã fique mais intenso). Agora a conversa, a amizade, a cumplicidade que é conseqüência dela, o respeito, a confiança isso só aumenta conforme você se entregar nesta relação. Conforme os laços do quem sou eu e de quem é você se difundirem (e não! Isso não vai acontecer estritamente na cama!). Não se iluda.
Quero ao meu lado alguém capaz de gostar de mim exatamente como sou, a Schali, a Maísa, as outras tantas que me invento. Não pode gostar mais de uma ou de outra, nem pensar que pode me transformar todo dia. Pode me descobrir todo dia, toda noite. Pode me desvendar. Mas, nunca saberá mais de mim do que eu mesma. Não cheguei até aqui sem me conhecer. Não acredite nisso piamente. Você não sabe mais de mim do que eu. Só sou o que desejo ser. E você só saberá de mim o quanto eu desejar.
Sempre me entregarei como tela branca, preciso saber até onde vais. Preciso te conhecer, como me conheço. Preciso nas primeiras semanas te virar do avesso, ter certeza que somos ‘peças do mesmo jogo de lego’. Assim se não fores, posso seguir meu caminho e você o seu. Só não faça-me crer que és o original para depois se mostrar ‘made in china’. Não me parece justo comigo, não me parece correto consigo mesmo.
Não despreze meus sonhos. Não subestime minha percepção. Não teste minha inteligência. E principalmente não se julgue capaz de me enganar. Esse seria um péssimo começo.
Agora se tiveres paciência para esperar, para se desdobrar em pedaços, para me ver despir as mascaras da razão, quem sabe então nos encontramos. Quem sabe seremos realmente o papel e a caneta. Eu papel, você caneta por hora. Em outra você papel e eu caneta e assim revezamos até escrevermos nossa história.
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Descobri que sou mais uma faquiana. Demorei dois meses para descobrir isso, bem como saber o que significava. E assustada percebi que não só de nome, mas de atitude já tenho todos os traços que definem um bom faquiano: tomo café de máquina, discordo do DA, passo frio de manhã, reclamo das aulas, dos professores, da universidade, e claro da FAC. Estou desacreditada da instituição, aprendi a ser critica, tiro fotos mais ou menos (mas, já sei escolher as objetivas certas), escrevo melhor que nos dois anos e meio anteriores de vida acadêmica, falto mais aula que deveria, chego sempre atrasada, vejo a aula na véspera, leio os textos, debato em sala de aula, reclamo da falta de provas, mas exalto os 9 que ando tirando e sei de Comunicação muito mais que aprendi nos mesmos dois anos e meio.
Sabe, o que os faquianos não sabem? Que eles são os melhores acadêmicos de jornalismo que já conheci, não propriamente como pessoas (porque nem conheço a todos, o que não quer dizer que não possam ser também..) mas como profissionais. Têm conteúdo, não são superficiais. Sabem a que vieram e onde vão chegar. São modestos, julgam que sabem bem menos do que realmente entendem. Fazem o melhor jornal impresso acadêmico que já li: Pra ler (conteúdo factual, informativo e literário). Tem a melhor Vara também! (jornal varal com tose exata de ironicidade). São educados e são éticos como nunca vi igual em uma universidade. São pessoas maduras, do bem. Defeitos? Devem ter como pessoa. Uns até são colorados. Mas, são extraordinários colegas.
Verdade. Tinha esquecido desse detalhe: aprendi a falar colega. E mais do que isso compreendi o quanto estão certos ao empregar este termo. Amigos são raros. Colegas hoje devo ter uns 50, nas três turmas que faço aula. Mas, estou imensamente feliz de me ter tornado mais uma faquiana!
Sabe, o que os faquianos não sabem? Que eles são os melhores acadêmicos de jornalismo que já conheci, não propriamente como pessoas (porque nem conheço a todos, o que não quer dizer que não possam ser também..) mas como profissionais. Têm conteúdo, não são superficiais. Sabem a que vieram e onde vão chegar. São modestos, julgam que sabem bem menos do que realmente entendem. Fazem o melhor jornal impresso acadêmico que já li: Pra ler (conteúdo factual, informativo e literário). Tem a melhor Vara também! (jornal varal com tose exata de ironicidade). São educados e são éticos como nunca vi igual em uma universidade. São pessoas maduras, do bem. Defeitos? Devem ter como pessoa. Uns até são colorados. Mas, são extraordinários colegas.
Verdade. Tinha esquecido desse detalhe: aprendi a falar colega. E mais do que isso compreendi o quanto estão certos ao empregar este termo. Amigos são raros. Colegas hoje devo ter uns 50, nas três turmas que faço aula. Mas, estou imensamente feliz de me ter tornado mais uma faquiana!
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Deve ser a segunda vez que sinto uma ponta de inveja ao observar sorrisos no meio da aula. Bilhetes passando. Caras e acenos. Isso porque não tenho com quem partilhar nada disso. Se voltei a ser nostálgica? Não. Não a esse ponto. Ando saudosista.
Ontem ganhei bombons. Não engordei, adocei a alma.
Ontem tive um ombro. Nos últimos quatro dias ganhei um ombro que nunca imaginei contar. Ontem falei do meu projeto de vida à ele. Falei do que espero. Do que quero. E sei que não sei como realiza-los. Neste ponto falhei. Fui questionada se estava sem foco, não é verdade, estive abalada. Estou me normalizando. Sempre vivi tudo muito diferente de hoje e aos poucos vou gostando dessas novas experiências.
Ainda não compreendo tudo e por isso meus sentimentos estão um pouco fora do lugar. Mas, sei que está tudo bem.
Pela primeira vez não estou projetando as frustrações de hoje em realizações futuras. Não quero assim. Futuro, realmente, é muito tempo. Quero construir por hoje. Lógico que tudo muda de novo e isso dá medo. Mas, gosto da minha companhia. Aprendi a amar assim. Me tornei melhor depois disso.
Ontem ganhei bombons. Não engordei, adocei a alma.
Ontem tive um ombro. Nos últimos quatro dias ganhei um ombro que nunca imaginei contar. Ontem falei do meu projeto de vida à ele. Falei do que espero. Do que quero. E sei que não sei como realiza-los. Neste ponto falhei. Fui questionada se estava sem foco, não é verdade, estive abalada. Estou me normalizando. Sempre vivi tudo muito diferente de hoje e aos poucos vou gostando dessas novas experiências.
Ainda não compreendo tudo e por isso meus sentimentos estão um pouco fora do lugar. Mas, sei que está tudo bem.
Pela primeira vez não estou projetando as frustrações de hoje em realizações futuras. Não quero assim. Futuro, realmente, é muito tempo. Quero construir por hoje. Lógico que tudo muda de novo e isso dá medo. Mas, gosto da minha companhia. Aprendi a amar assim. Me tornei melhor depois disso.
Quase tive uma recaída em minhas dores, mas uma conversa me salvou. Descobri que não quero usar o PaLaVrAs como diário.
Não tenho mais necessidade de dividir tanto. Tenho sim de me recolher. Uma coisa ou outra virá para cá. Só o que eu quiser mostrar. Talvez para matar outras saudades. Mas, já não me entregarei assim por inteiro.
Não tenho mais necessidade de dividir tanto. Tenho sim de me recolher. Uma coisa ou outra virá para cá. Só o que eu quiser mostrar. Talvez para matar outras saudades. Mas, já não me entregarei assim por inteiro.
Coisas que preciso enumerar dos últimos tempos: aos que amo sou transparente, me dôo até demais. Aos que não me conhecem tenho tendência ao ostracismo. Vou tirar um tempo maior para a leitura, há pelo menos 20 livros na estante que quero desbravar. Irei mais vezes a praça com o Bê, quero vê-lo se sujar mais. Também necessito de mais sol. Começarei hoje, se encontrar minhas chaves. Na sexta-feira comecei a andar de bicicleta, o repetirei algumas vezes por semana. Até começar a trabalhar vou continuar investindo nos dotes culinários (entendam, às vezes isso é destrutivo). Vou sumir um pouco de algumas vidas, saudades fazem bem. Quero ver mais TV, ouvir menos rádio. Se conseguir esta noite vou apagar a luz. Abrir um pouco a janela. Vou guardar o edredom aos primeiros sinais do verão. Quero acordar mais cedo todos os dias. Ir a missa no domingo de manhã, não importa onde esteja. Obrigar o Bernardo a comer mais vezes. Hoje aguardo uma noticia de nascimento. Tenho coisas para jogar fora. Caixas a limpar. Outras guardar. Como todo fim sinto necessidade de fazer faxina por dentro, por fora, em tudo que puder. Deve haver mais coisas que desejarei começar, não lembrarei de todas agora. O que é certo, embora contraditório é que hoje é Ano Novo, então vamos a vida nova.
De todos meus amores os verdadeiros sempre permaneceram. Já provei disso. E sei que hoje o amor não é o ‘formato mínimo’ e isso já é válido. Poderia usar de outros para falar de coisas que não direi. O que realmente interessa é a essência, no mais a raposa também ficou sozinha porque em outro lugar havia uma rosa. E a gente não sabe, de verdade, o final dessa história.
terça-feira, 23 de setembro de 2008

Uma música, que amo demais.
"Eu fico tentando compreender
O que nos Teus olhos pôde ver
Aquela mulher na multidão
Que já condenada acreditou
Que ainda havia o que fazer
Que ainda restara algum valor
E ao se prender em Teu olhar
Por certo haveria de vencer
E assim fizeste a vida
Retornar aos olhos dela
E quem antes condenava
Se percebe pecador
Teu amor desconcertante
Força que conserta o mundo
Eu confesso não saber compreender
Sou humano demais pra compreender
Humano demais pra entender
Este jeito que escolheste de amar quem não merece
Sou humano demais pra compreender
Sou humano demais pra entender que aqueles que escolheste
E tomaste pela mão geralmente eu não os quero do meu lado
Eu fico surpreso ao ver-te assim
Trocando os santos por Zaqueu
E tantos doutores por Simão
Alguns sacerdotes por Mateus
E, mesmo na cruz, em meio à dor
Um gesto revela quem Tu és
Te tornas amigo do ladrão
Só pra lhe roubar o coração
E assim foste o contrário,
O avesso do avesso
E por mais que eu me esforce
Não sei bem se Te conheço
Tu enxergas o profundo
Eu insisto em ver a margem
Quando vês o coração
Eu vejo a imagem"
(Humano demais - Pe. Fábio de Melo)
Ando querendo ser um pouco menos humana.
Buscando o céu. Um sentido para aceitar tudo que o Senhor planejou. Ou o que fiz de errado por não ter compreendido os planos d'Ele. Quero ser do céu. Quero ser menos humana.

Você me faz melhor do que sou, me mostra exatamente como gosto. Tudo que sonhava em termos de amor é você, a maneira certa de amar, a medida exata da felicidade. “to louca pra te ver chegar, to louca pra estar em seus braços’. Não quero te cobrar nada, não quero exigir nada do que eu mesma não posso oferecer, mas te quero aqui, preciso de você um fim de semana, uma semana, um mês, a minha vida inteira.
Ouço tua voz, e sinto teu cheiro;
Ouço tua voz, e sinto teu abraço;
Ouço tua voz, e me imagino em seu colo;
Eu sem você, sou o meio do caminho;
A praia sem sol, o frio sem cobertor;
Eu sem você, sou lágrima sem dor;
Flor sem cheiro.
Não era um terço do que sou, antes de você chegar.
Não tinha em mim uma fração do que hoje me faz forte, paciente.
Você me faz acreditar em tanta coisa que quero,
Você me faz levitar, sem tirar os pés do chão.
Meu príncipe, meu homem, tão real.
Mas, tão longe pra ser tocado.
E se estivesses perto, seria o abraço, o beijo, o carinho que sei que sentes falta.
Seria o calor na noite, queria ser o primeiro abraço do dia, o primeiro afago.
O primeiro riso a avistar, e o corpo aquecendo o seu na madrugada.Seria o sonho, sem sono.
Ouço tua voz, e sinto teu cheiro;
Ouço tua voz, e sinto teu abraço;
Ouço tua voz, e me imagino em seu colo;
Eu sem você, sou o meio do caminho;
A praia sem sol, o frio sem cobertor;
Eu sem você, sou lágrima sem dor;
Flor sem cheiro.
Não era um terço do que sou, antes de você chegar.
Não tinha em mim uma fração do que hoje me faz forte, paciente.
Você me faz acreditar em tanta coisa que quero,
Você me faz levitar, sem tirar os pés do chão.
Meu príncipe, meu homem, tão real.
Mas, tão longe pra ser tocado.
E se estivesses perto, seria o abraço, o beijo, o carinho que sei que sentes falta.
Seria o calor na noite, queria ser o primeiro abraço do dia, o primeiro afago.
O primeiro riso a avistar, e o corpo aquecendo o seu na madrugada.Seria o sonho, sem sono.

Desde que cheguei na FAC já ouvi coisas absurdas e inesperadas sobre o povo das artes. Briga no meio da aula que mobilizaram até a segurança, era um ato sendo encenado. Nossas janelas amanheceram pintadas com desenhos primários nesta segunda-feira. Coisa das artes. E assim vai...
Hoje pela manhã enquanto nosso professor começava a falar da base do Marketing - o composto dos quatro P’s, uma exclamação: “Olha que bicho!” “Eca! Que nojo! O que é aquilo? Olha professor!”.
E todos os olhares se encontravam na janela, eu que estava no outro lado da sala sem visão ao alcance do que ocorria, nem me despertou a curiosidade – ‘coisa do pessoal das artes’, pensei.
Qual não foi a minha surpresa quando ao apontarem a árvore avistei uma raposa, e como completou nosso professor: “e está grávida”. Sim! Em cima do telhado ao lado de nosso prédio e em direção a nossa janela por uma árvore que está entre as duas estruturas vinha a Dona raposa, linda, calma, sem se importar com os olhares curiosos que a espreitavam e foi descendo e foi se achegando. Bem, babaus a aula. Vamos ao intervalo.
Eu que antes divagava em pensamentos sobre tristezas, pude rir. A beleza daquela senhora grávida, a maneira como não se importou, a sua postura. Ah! Como me soou bela a natureza.
E quem dera pudesse passar pela vida, chamando tanta atenção sem me dar conta, sem me importar com os que me gostam, com os que não. Com os que concordam, com os que me julgam.
Ah! Dona raposa, que lição me deixaste!
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Acreditem havia escrito um texto enorme e o perdi.
Em resumo então: só o pequeno me prende a vida. Hoje queria me despedir. Não me é permitido. Então vou continuar.
Havia declarado meu amor as pessoas que mais me são caras pela ordem que invadiram minha vida: Nete, Lari, Nat, Gustavo, Caio. Mãe, amiga/comadre, minha melhor parte, meu eterno psicólogo, meu namorado.
De tantas dores, nenhuma mais dói. De tantos sonhos, todos morreram. Exceto um na verdade, que me incomoda dia e noite. Se antes tinha problemas, ainda era feliz (e muito). Hoje não tenho problemas, fora os que crio... não sou feliz!
"Não pode ver que no meu mundo, um troço qualquer morreu, num corte lento e profundo..." (Cazuza)
Em resumo então: só o pequeno me prende a vida. Hoje queria me despedir. Não me é permitido. Então vou continuar.
Havia declarado meu amor as pessoas que mais me são caras pela ordem que invadiram minha vida: Nete, Lari, Nat, Gustavo, Caio. Mãe, amiga/comadre, minha melhor parte, meu eterno psicólogo, meu namorado.
De tantas dores, nenhuma mais dói. De tantos sonhos, todos morreram. Exceto um na verdade, que me incomoda dia e noite. Se antes tinha problemas, ainda era feliz (e muito). Hoje não tenho problemas, fora os que crio... não sou feliz!
"Não pode ver que no meu mundo, um troço qualquer morreu, num corte lento e profundo..." (Cazuza)
quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Estou desconcertada.
Passada com a falta de respeito e ética alheia.
O PaLaVrAs nunca foi um blog com muitos visitantes e sim ponto de encontro para amigos intimos e queridos. Vez por outra éramos descobertos por visitantes desconhecidos, mas sempre bem recebidos.
O PaLaVrAs é o livro da pré-história do Bernardo: a paixão, a concepção, a descoberta, a gestação, a vida em meio a tudo isso, o nascimento e a minha vida e a de meu pequeno neste tempo todo. O PaLaVrAs salvo raras exceções, devidamente indicadas, é minha obra. É minha poesia e desabafo, é meu jeito de ser para aqueles que mais me conhecem, para aqueles que precisam ou desejam saber quem sou.
O PaLaVrAs não é aberto para reprodução. Minha vida, embora livro aberto parcialmente aqui, não está aberta a edições.
Para os que não observaram no rodapé da página consta uma nota de direitos autorais. Respeitem, por favor. É simplesmente desagradável e embaraçoso ter que cobrar estes direitos natos a obra em outras vias.
Me felicita saber que os visitantes aqui vindos gostem do que posto, do que penso, que se identifiquem por vezes, mas não posso compreender que se apossem dos meus textos por isso.
Estou completamente decepcionada com o acontecido. E para quem me conhece, não é novidade. Para os que não, um recado: reconheço um texto meu mesmo que declamado em japonês. Sei como escrevo, sei do que escrevo, e normalmente quem tenta ludibriar não chega longe. Burrice não é meu forte.
Fico profundamente triste. Foi lamentável.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Resposta a um post:
"Eu ri qndo vi o post, não que seja cômico, mas por saber que já tive a minha meninha. Me perguntei se a sua, é a mesma que pensei. Se é como a minha era. Tenho saudades as vezes, mas a minha tive que me despedir no passado. Quando a mulher teve que chegar.Mas, para você conto um segredo: às vezes saio escondida na noite só pra encontrá-la, matar a saudade, abraçar, rir e sonhar com ela um pouco do que eu era e esquecer assim momentaneamente quem sou e o que ainda não consegui ser...E é bom saber que posso traze-la de volta à surdina...
Beijo pra ti e pra tu menininha um uuupaaa!=)"
....

Não me sinto muito bem.
Um pouco de remorso. Briguei demais com quem amo mais que a mim. Faltou amor. Faltou paciência.
Ontem tive uma conversa agradável, gostosa. Como há dias queria ter com alguém. Mas, vai me custar demais. Também me sinto culpada. Ele me disse coisas que não quis conversar. Minha vida é aqui. A dele é lá.
Ontem tive uma conversa agradável, gostosa. Como há dias queria ter com alguém. Mas, vai me custar demais. Também me sinto culpada. Ele me disse coisas que não quis conversar. Minha vida é aqui. A dele é lá.
Sei que preciso construir por aqui, não é assim tão fácil. Me sinto sozinha, preciso de uma válvula de escape.
O outro ele parece não se importar. Não o subestimo, mas acho que ele não observa tudo. Ou faz-de-conta. Também me irritei ontem. Uma situação desagradável que me faz rir. Talvez devesse conversar. Não me sentia muito disposta a essa abertura, mas pondero, quem sabe me fará bem.
tsc..tsc..tsc..
O papel não me responde, o Bê também não, nem as paredes. Para construir, preciso me inserir. Preciso de uma psicóloga. A minha, amiga querida, tinha várias, ficou longe. Quando a saudade bate sinto falta de risadas e sorrisos, de abraços e puxões de orelha, de Mc: batata- frita e shake, de calor humano e tijolinhos, de ruas conhecidas e brisa do mar que quase não via. Sinto falta de um colo, de ver um parto, de ser madrinha, de um sábado mais meu, mais tempo virtual.
tsc..tsc..tsc..
O papel não me responde, o Bê também não, nem as paredes. Para construir, preciso me inserir. Preciso de uma psicóloga. A minha, amiga querida, tinha várias, ficou longe. Quando a saudade bate sinto falta de risadas e sorrisos, de abraços e puxões de orelha, de Mc: batata- frita e shake, de calor humano e tijolinhos, de ruas conhecidas e brisa do mar que quase não via. Sinto falta de um colo, de ver um parto, de ser madrinha, de um sábado mais meu, mais tempo virtual.
Ah! Chuva interior chegando, é hora de parar....
quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Meu namorado....
O meu namorado é canção pura,
ele diz tudo de um jeito especial.
Sempre ao o ouvir sinto seu riso.
Meu namorado é integridade,
calmo como o mar, sujeito a mudanças de marés como a natureza.
Meu namorado, o cara que estou conhecendo.
Ele une a torre de Babel,
ele é criança para jogar,
homem para me amar.
Meu namorado escreve com doçura,
fala com a alma.
Ele vê beleza, onde nem sempre vejo.
Ele me mostra "a vida cor-de-rosa que sonhava".
Somos parecidos e talvez diferentes.
Estamos no primeiro estágio. Nos conhecemos há muito, mas somente agora estamos nos descobrindo.
Culpa dele, ter demorado.
Culpa minha, não ter feito as escolhas certas.
Geograficamente distantes, em pensamento constantemente juntos.
Digo que somos dois bobos. Ele me diz que não. Para ele somos dois apaixonados.
Para mim, paixão me deixa boba.
Mas, não posso deixar de concordar com ele.
Nem sei se percebeu, mas já me disse o primeiro "te amo".
E eu que alguns dias trocava palavras tentando dizer o mesmo.
Meu namorado é o cara que me faz dormir bem uma noite inteira.
Que ao segurar minhas mãos me faz sentir segura.
Sabe o que me dizer. Sabe como dizer.
Meu namorado tem um defeito grave, é colorado.
Ja discutimos. Em casa dia de Grenal vai ser guerra, com certeza.
Por hora estou ganhando, dois contra um.
Meu namorado não se importa se não sei cozinhar demais.
Ele resolveu dividir a cozinha comigo.
Com tudo que me preocupei até agora, ele encontrou uma boa solução.
Ele é mais paciente que eu.
Ele me ensina a amar. E tenho desejo de aprender.
Meu namorado é o homem que esperei a vida inteira.
É humano, tem erros, é sensível, tem espírito.
Ele me completa sem exageros.
Ele me traduz, mostra-me como nem me conheço.
Meu namorado é 'tudo que quis', e assim tenho sido feliz!
....
P.S.: essa história tem continuação...
De todas as formas que me descontrui...
Os lugares onde não existo.
As falas que não componho.
Uma ídéia boba. Uma sensação de nada e vazio.
Uma ligação errada do passado e do presente.
Pensamentos inapropriados a vida que se estabelece.
Dizer sem explicar, cantar sem ouvir.
Sorrir sem contorcer músculos.
Soluçar sem chorar.
A lágrima da rosa.
O vento na folha.
A praça vazia.
As desconstruções.
Os lugares não ocupados e por fim a impaciência comum.
As lembranças esquecidas e a falta do remorso.
Eis, um dia cinza.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Aniversário Bernardo!
Bem pessoal na próxima semana, no dia 29, o Bernardo completa seu primeiro ano de vida, portanto abro este post para que quem desejar deixe uma mensagem para o meu pequeninho já que muitos estão longe de nós nesta nova fase.
Depois as mensagens serão impressas e irão para um mural na festa dele!
No mais quero agradecer a cada amigo que esteve presente neste um ano e nove meses que o Bernardo está em minha vida. Obrigada pela força, pelo ombro, pelos sorrisos que deram e fizeram brotar, obrigada pelo abrigo, pela paciência, pelo carinho.
Vocês fazem parte da nossa história!
=*
terça-feira, 19 de agosto de 2008

Me recebe como tela branca,
com tinta a espera do seu desenho;
Recebe-me como letra, ainda sem melodia,
Porque até tu chegares nada estava acabado.
Eu era apenas começo. E você o invento.
Vamos juntar as pecinhas desse lego,
construir uma nave, um homem e uma mulher.
Brincar com tudo que podemos ser.
E quem sabe nessa brincadeira,
escrevemos história,
encontramos a realidade.
quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Nem sempre dizemos o que gostaríamos. As palvras por vezes fogem, nos deixam desabrigados. Voam distante de onde gostaríamos que pousassem. Ontem, que era um dia frio. Um sonho perdido refugiou-se na ausência das letras. Chegou de mansinho, me agarrou pelas pernas. Nem sequer pediu licença, apenas foi se achegando.
Eu bem tentei dizer que não tava a fim de prosear, mas o chimarrão já estava pronto. De teiomosa resolvi tomar um café de máquina. Prático e quente.
Pensei que fosse o suficiente para me aquecer.
Ao andar pelas ruas escuras, o breu foi me envolvendo também. Gostou da pauta noturna.
Me questionei se ao chegar em casa encontraria o filho dormindo tranquilo e teria tempo apenas para pôr o pijama e cair debaixo das cobertas, afugentando os pensamentos. No rádio tocava uma voz que me envolvia.
Estava envolta em coisas demais para adormecer. O frio lá de fora furou a barreira da realidade. Me vi subindo o Monte Everest e o medo de não chegar ao topo me congelou.
Faltou uma abraço quente depois do café, um colo aconchegante para dividir o travesseiro. Uma briga qualquer para extravassar a monotonia. Faltou um outro beijo de boa noite.
O dia amanheceu numa paz desigual, não saímos juntos para olhar as estrelas e não acordei envolvida pelos desejos que me fizeram adormecer.
Hoje apenas mais um dia quente.
Reservando ilusões, algumas surpresas talvez...
quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Traquinagens de um menino.
E a toda porta que se abre achas que é hora de ir "tchau tchau",
A toda pessoa que lhe dá atenção um sorriso,
A todo momento um balbuciar, um "mãma".
Um abraço, um upaaa. Um beijo babado.
Mãos sujas de chocolate, o sorriso mais lindo de quatro dentes que já vi!
Ele que já sabe me dizer que não e que sim. Ele que já aprendeu o que quer e a brigar se preciso.
Ele que já me mordeu.
Ele que dorme em meus braços e ali encontramos a paz.
Ele que insiste em se alimentar do que quase já não ofereço.
Ele que sabe como sempre nos conquistar.
Ao pequeno que abre todas as portas que vê,
Que tudo que tiver dentro lança ao chão,
Que não gosta de carrinho. Ama carinho.
Que na tv só assiste à futebol.
A ele que tudo que encontra no chão quer chutar e fazer gol.
A ele que tem os cílios mais lindos.
O abraço mais quente.
O olhar de canto mais envolvente.
A ele que é a teimosia em pessoa. E assim me lembra.
A ele que é fascinado por doce. E assim me contém.
A ele que gosta de ninar com música. E assim também sou.
A ele que também não sabe dormir no escuro. E assim se fez parte de mim.
Ao garoto que tira as roupas da gaveta, depois de ter arrumado o guarda-roupa.
Que não suporta me ver no computador.
Que sente quando estou por perto.
O menino que já sobe escadas. Que esparrama pelos chão os brinquedos.
Ao menino que liga a televisão. O avião.
Que bate palminhas.
Que sorri para as fotos.
Que brinca de esconde esconde.
Que ama o banho, que detesta se vestir.
Sempre tão cheio de energia, tão abundante em alegria.
Ao menino que me contagia! =)
quinta-feira, 31 de julho de 2008
Entre tantas coisas acontecendo. Parece ainda assim que nada tenho a dizer.
Minhas impressões do novo mundo. Estou quase à Pocahontas.
Todo universo novo que abre as cortinas para o espatáculo e parece que cheguei no segundo ato.
Meio perdida. Gostando ainda assim.
Já fiz de um tudo. Briguei com o chuveiro a gás, quase pus fogo no apartamento na tentativa de cozinhar um bife de fígado, peguei ônibus sem saber onde ia parar, desci no ponto errado. Andei um tanto.
Ainda não me perdi na faculdade. Ainda não disse muitos "oi's".
Gostei mais de foto aqui. Fiquei boba com a biblioteca. Mais ainda com os banheiros. Sim, meu segundo amor.
Já viajei outras vezes, jantei com pessoas estranhas para mim. Já dormi tarde, acordei cedo. Comi uma caixa de bombons por ansisedade. Não lavei tanto as mãos.
Já deixei o Bê se sujar horrores, mas vale a pena pelo sorriso de felicidade que ele devolveu.
Já comprei presente de dia dos Pais. Nosso primeiro dia juntos.
Já disse o que pensei não dizer e guardei outras tantas palavras.
Sinto saudades além do que gostaria de alguém que não imaginava fazer tanta falta, esqueci outras que imaginei sofrer.
Chorei muito pouco. Não preciso verter lágrimas a esta altura. Estou contando os dias. Duas semana agora.
Os trigos já me lembram algo. Um s2 também. Aprendi que não devo dizer também. tsc...tsc...tsc...
Um s2 me lembra alguém.
Um sorriso.
Um abraço de lado.
Uma canção.
Uma letra.
Um conselho.
Boas lembranças de pessoas que amo muito.
A todos vocês minhas saudades quilométricas e saibam que tudo está perfeitamente bem!
=*
terça-feira, 15 de julho de 2008

Não é comum do Palavras publicar obra de outros autores, porém abrimos exceção e criamos o Tag: Amigos do Palavras.
Abaixo poesia de outro poeta, amigo de longa data:
Fada
Quão quisera eu, minha amada;
Em tua doce presença, surpreender-me de tal jeito;
Quisera eu provar o mel do teu beijo,
Que num simples passe de mágica
Aquece o coração no peito;
És uma doce fada.
De todo jeito
Quero te amar
E no teu beijo
Vou viajar.
Provar do teu doce beijo;
Deleitar-me em tua pura beleza;
Te amar assim é loucura ao extremo,
Loucura, doce loucura que minh'alma almeja
Por todo jeito
Vou te amar
E em teu beijo
Me deleitar
Amada, doce encantada
Doce alada, pousa em minha alma
És com certeza uma fada.
Autor: Caio Vinicius Ourique Loureiro
segunda-feira, 14 de julho de 2008

Parte de una canción - Si nada valgo sin tu amor (Juanes):
"Cuando el tiempo pasa
Y nos hacemos viejos
Nos empieza a parecer
Que pesan más los daños
Que los mismos años
Al final...
Y es que vale más
Un año tardio
Que un siglo vacío amor
Y es que vale más
Tener bien llenito el corazón
Por eso yo quiero
Que en mi mente siempre
Tu cariño esté bien fuerte
Aunque estemos lejos
O aunque estemos cerca
Del final
Ven amor...
Me siento débil
Cuando estoy sin ti
Y me hago fuerte
Cuando estás aqui
Sin ti yo ya no se que es vivir
Mi vida es hundura sin tu luz
Quiero pasar
Más tiempo junto a ti
Recuperar las noches
Que perdi
Vencer el miedo inmenso
De morir y ser eterno junto a ti..."
Vale la pena escuchar!
http://br.youtube.com/watch?v=oMQ2hBGg0C0
!El corazón que canta a veces a decir lo que esas palabras no se explica!
"Cuando el tiempo pasa
Y nos hacemos viejos
Nos empieza a parecer
Que pesan más los daños
Que los mismos años
Al final...
Y es que vale más
Un año tardio
Que un siglo vacío amor
Y es que vale más
Tener bien llenito el corazón
Por eso yo quiero
Que en mi mente siempre
Tu cariño esté bien fuerte
Aunque estemos lejos
O aunque estemos cerca
Del final
Ven amor...
Me siento débil
Cuando estoy sin ti
Y me hago fuerte
Cuando estás aqui
Sin ti yo ya no se que es vivir
Mi vida es hundura sin tu luz
Quiero pasar
Más tiempo junto a ti
Recuperar las noches
Que perdi
Vencer el miedo inmenso
De morir y ser eterno junto a ti..."
Vale la pena escuchar!
http://br.youtube.com/watch?v=oMQ2hBGg0C0
!El corazón que canta a veces a decir lo que esas palabras no se explica!

Fugi da idéia de partilhar os sentimentos de hoje. Embora, haja uma necessidade maior de escrever sobre.
Provei no último mês mais de uma vez da sensação de estar sem sensação alguma. Não saber dizer o que sinto a respeito de algumas experiências.
Estive pensando na retrospectiva desse semestre.
Me fechei para um balanço interior.
Em outra hora assumi compromissos por teimosia, sem muita certeza de que daria realmente conta de tudo a que me comprometia. Mas, por me conhecer acreditando que faria o impossível para não retroceder. Que semestre foi esse!
Loucura total.
Cinco disciplinas na faculdade, três das quais foi estressante cursar.
Trabalho novo, uma carga enorme de trabalho e responsabilidade que nem queria muito ter que assumir. Embora, convencida que era o melhor. E mais do que isso eu precisava desse emprego.
Filho doente inúmeras vezes. Caos familiar por tantas coisas a fazer.
Briguei com tanta gente, por tantos motivos.
Não baixei a cabeça. Muitas vezes por orgulho. Mais do que certezas de razão.
Vivi tanto, que em outras horas tive medo.
Me permiti a coisas que se imaginei, nunca assumi.
Mudei de planos. Me obriguei a abandonar sonhos.
Tive que mexer na estrutura.
E por fim está na hora da mudança.
Admito, tenho medo.
Medo das escolhas erradas, de não saber chorar.
De bater de frente com o inimigo.
E ele não é quem pensam.
Quis tanto tudo isso que vai acontecer, e agora receio.
Espero não ter errado. Espero não errar.
Olho para trás e fico feliz de ver que consegui.
Aprovei em todas as disciplinas, o Bernardo hoje está bem. Estamos juntos. Vamos mudar.
Tenho amigos que são sem dúvida a família que escolhi.
Me fazem melhor, me tão força. Seguram as pontas junto comigo. Riem, choram. Abraçam.
Me entendem e puxam a orelha quando necessário também.
São de verdade.
Assumir.
Ooohhh palavrinha difícil!
Esquecer.
Mais ainda.
De tudo que houve restam poucas coisas. Muitas pessoas.
Muitos amores. Maiores que tanta coisa.
Vale saber que até aqui sobrevivemos, há quase um ano. Vingamos.
E haja o que houver, persistiremos.
Sem saber ao certo quando, tenho certeza de que ficaremos bem.
E que venham outras dores!
Risos.
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