terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Depois de tantos meses sem escrever nada direito e levando em consideração tudo que quero descrever agora me limito apenas a uma frase:

Sim, o poeta só escreve na dor.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Conselho...

Nada ao acaso lembrei-me de um conselho que meu pai, num momento em que realmente foi pai, me disse.
Aos 16 anos, ele me disse que eu poderia escolher entre um dia escolher, ou ser escolhida.
Sempre pensei nisso nos momentos absurdos, mas sempre achei que não era tão radical assim.

Hoje sei que ele estava certo, eu fiz minhas escolhas, e não as julgo erradas, mas condizentes com a minha realidade. No entanto, hoje também colho as consequências por não ter dado ouvidos aquele conselho.


...Prova, de quem nem tudo foi tão ruim, embora quase nada perto dele tenha sido realmente bom.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um ano, por escolha

Casamento, é uma história engraçada de duas pessoas que acreditam demais uma na outra.
Há um ano, quando ainda curtia os emocionantes momentos de preparativos para a festa, a prova do vestido, as decisões de usar ou não buque, a cor do sapato... Não, eu de fato não imaginava o que estava por vir.
A mudança de vida esperada, a casa da sogra, o abraço de toda noite, ele para acordar e fazer mamadeira. Quanta novidade! Ter alguém ali quase 24hrs, para me ouvir, apoiar, mostrar caminhos, sonhar e planejar. Alguém que o Bê poderia chamar de pai a vida toda e que trocaria as fraldas dele por mim.

Então veio a vontade de aumentar a família, a decisão de não retormar a faculdade, a descoberta de dois cistos que impediam o primeiro desejo. As brigas com a sogra, a mania dela de levar café pro marido, pro filho e pra nora na cama e querer lavar as nossas roupas.
Mais em frente a decisão de comprar um apartamento e de fato a alegria de comprá-lo. Depois, trocar a moto por um carro, e adquirir o carro e deixar a moto. Finalmente em 9 meses (como tudo em minha vida...), a decisão de pagar aluguel. Encontramos a nossa casa, e uma proprietária chata, que se metia com a conta de luz que nós pagavamos, com as garrafas de água que jogavamos fora.
Encontramos a segunda casa, e aí sim um lar. O quartinho do Bê, um liquidificador novo e um ferro de passar roupa. A divisão dos serviços da casa e depois de comer mal durante quase três meses, a opção de que cozinhar não é uma opção para nós.

Foram 300 e tantos dias de emoções constantes e decisões.
Das mais simples as mais complexas, mas o importante é que para nós dois outra decisão foi constante, foi a nossa escolha de todos os dias... a de estar ao lado do outro.
Mesmo, quando tivemos problemas financeiros, mesmo quando tivemos vontade de nos separar um da família do outro.
Estivemos ali, um para o outro todos os dias, em todos os momentos, nos de amor, nos de raiva, nos de conflito, nos de imperfeição e todos estes construiram essa base sólida - que chamamos de casamento.

Marido, isso é para ti, porque acreditou em mim como ninguém mais, porque lutou por mim como ninguém mais, porque me tomou para ti - nos tomou para ti, por me escolher todos esses dias... Teamo! Desse jeito mesmo, do avesso, pois só sei amar desse jeito - meu jeito.
E agora virão outros anos, mais uma festa de casamento - a do matrimônio. Virá mais uma afilhada, outros problemas. Mas, não importa, porque sei que estaremos ali.

....

Só não te perdoô de uma coisa - teres feito do meu Bê um colorado... e assim o tornaste mais teu, que meu...
=)
Têamo!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

O amor assim tão simples e tão brusco.
Tão complexo na sua simplicidade.
Amor assim, tão fugitivo e tão acessível.

Seremos felizes na Temporada das Flores?

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Quero saber do mundo, muito mais.
Quero todos os porquês, os sinais, os sintomas, os inversos, o sentido, o irreal.
Quero ver, ouvir, falar.

Quero mais.

Quero saber do mundo de um tudo.
Quero saber de tudo.
Muito mais.

domingo, 28 de março de 2010

Intensidade...

Tem poesia pulsando em minhas veias,
tem uma saudade intensa,
vontades interditadas.

E na ausência o encontro das possibilidades,
e o desânimo, sem não faz sentido.
Toda a saudade.
Toda a rotina.

E aquela velha vontade,
A eterna insatisfação, esse lado Byron, esse lado negro do sentir.
"A maldição"...

"A vida é mais que um mero poema" (Rosa de Saron)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pelos seis...


Seis meses? Meio ano apenas de muitos que virão.Mas, quem somos nós hoje aos seis?
E quem éramos antes?
Eu, tão só, ele ali, e de repente nós e todo o tumulto que contempla a vida a dois.
O excesso de responsabilidades, o peso da rotina, as dificuldades. Já foram tantos os momentos, nestas 24hrs que somos um. E já foram tantas as 24hrs.
E formaram-se os meses, o meio. A metade do percurso. De um milímetro do que deve ser percorrido.
Os sonhos, os ideais conquistados. Nosso apartamento em construção, nosso carro, estamos quase lá. A filha... a filha que todos os meses acho que veio, e descobrimos que não... “só mais um pouco Schali”...

Sim, as brigas, a sogra, o filho, as manhas, as contas... Tudo que já pesou.
Mas, a calmaria, o fim de cada briga no aconchego do abraço do outro, sem o medo de dizer “desculpa, eu extrapolei” ou simplesmente “não importa, eu te amo”.
E enfim fomos feito, esculpidos assim um pelo outro, uma forma que se encaixa, ou pecinhas de lego...
A parceria incondicional.
A força e a delicadeza.
O medo e a coragem.
A paciência e a pressa.
O atraso e a correria.
A calmaria e a ansiedade.
A coceira e os grilos.
Os bichos e o chinelo.
As mamadeiras da madrugada.
Os banhos.
Os sorvetes com Coca-Cola.
Os domingos de cama.
Os sábados também.
Os filmes, as séries, os risos, os choros, o cansaço e o eterno descanso do abraço.

De tudo isso e mais um pouco,
De quase nada ainda,
Somos feitos.
E de tudo que está por vir.

Aos seis meses do nosso casamento, da nossa sociedade!

segunda-feira, 15 de março de 2010

A minha paixão - ela...




Palavras me traduzem de um jeito que eu nem sei,
Elas dizem tudo aquilo que me parece incerto
Quando saem delas é certeza
Elas falam por mim e dizem por si

São elas que me tornam real
Vivente, vivaz
Os anos passam, e por mais mudanças que haja, é nelas a minha fonte.

Eu me transformei, mas elas continuam ali sólidas, translúcidas e serenas.
Elas continuam falando por mim.
Continuam falando o que eu já nem pensava em dizer.

Somos feitos do que pensamos?
Ou o que pensamos é o que nos torna alguém?

As palavras são marcas no tempo
Marcas de almas que não vivem só
Almas inquietas, viajantes, passageiras do tempo e da realidade...

Palavras, a primeira prova do que somos
A forma que agimos e o que dizemos
A primeira prova de inteligência,
Aquilo que observamos, e dali extraímos aprendizados.

Eu? Eterna amante delas...