terça-feira, 23 de dezembro de 2008

As coisas que não me interessam...

Queria minha vida num retrato. Ele provavelmente seria em p&b.
Sem cores, sem vida, estático. Um sorriso mudo. E nenhum clima de Natal.
A vida que sempre me pregou peças nunca foi tão insossa. Tão sem emoção. Ou tão dominado de maus momentos.
Antes o sorriso do pequeno me fazia feliz. Hoje nem isso me basta Nada anda sendo suficiente, porque o vazio está profundo demais.
Cadê meus amores? Onde foram parar todas as minhas paixões, que de repente tudo perdeu o valor?
A falta de fidelidade comigo mesma. A morte do físico. Do que resta.
Não é sobre coisas assim que quero escrever. Gostava mais de minhas queixas amorosas. E nem elas hoje existem.
Cadê você para me fazer sofrer? Prefiro morrer de amor. Do que por qualquer outra besteira emocional.
Vida tão doce quanto sal.
Vida tão clara como a noite.
Tão vida quanto a morte.
As coisas que não me interessam mais. A vida, o sol, a lua, a poesia, os amigos, os sonhos, as paixões, o contexto, as verdades, as
mentiras, o sabor, o momento....

3 comentários:

Unknown disse...

creio ser nossas almas gêmeas siamesas pois estamos sofrendo juntas...e assim nos entendemos ou não. Mas o importante é estar junto. Estou aqui com vc no coração e vice-versa. Te amo por isso, por tudo e até mesmo pela sua falta de fé..pq sei que você vai passar por isso. E eu também...

Allyson Pallisser disse...

caraaca;
você escreve muuuito beem!
cada vez que leio fico mais emocionado e envolvido com as suas palavras; você encaixa cada uma no seu devido lugar; tudo tão certo e bonito!
parabéns, eu amo ler os eu blog!
beeijo ;*

Jaqueline disse...

Cara, adorei teu blog. Encontrei ele hoje e adorei os textos, você escreve super bem.
Sobre se sentir desse jeito... Eu já me senti assim há pouco tempo e sei o quanto é revoltante, agoniante. É um sentimento de total ausência, irritação e inconformismo. Todos juntos, e a todo tempo.
Nem me lembro como saí dessa, só sei que saí. Acho que foi quando eu me conformei e tentei agir como se ele (o sentimento) não estivesse lá. Ignorar o nó na garganta e tentar ver as coisas boas.