Deve ser a segunda vez que sinto uma ponta de inveja ao observar sorrisos no meio da aula. Bilhetes passando. Caras e acenos. Isso porque não tenho com quem partilhar nada disso. Se voltei a ser nostálgica? Não. Não a esse ponto. Ando saudosista.
Ontem ganhei bombons. Não engordei, adocei a alma.
Ontem tive um ombro. Nos últimos quatro dias ganhei um ombro que nunca imaginei contar. Ontem falei do meu projeto de vida à ele. Falei do que espero. Do que quero. E sei que não sei como realiza-los. Neste ponto falhei. Fui questionada se estava sem foco, não é verdade, estive abalada. Estou me normalizando. Sempre vivi tudo muito diferente de hoje e aos poucos vou gostando dessas novas experiências.
Ainda não compreendo tudo e por isso meus sentimentos estão um pouco fora do lugar. Mas, sei que está tudo bem.
Pela primeira vez não estou projetando as frustrações de hoje em realizações futuras. Não quero assim. Futuro, realmente, é muito tempo. Quero construir por hoje. Lógico que tudo muda de novo e isso dá medo. Mas, gosto da minha companhia. Aprendi a amar assim. Me tornei melhor depois disso.
Ontem ganhei bombons. Não engordei, adocei a alma.
Ontem tive um ombro. Nos últimos quatro dias ganhei um ombro que nunca imaginei contar. Ontem falei do meu projeto de vida à ele. Falei do que espero. Do que quero. E sei que não sei como realiza-los. Neste ponto falhei. Fui questionada se estava sem foco, não é verdade, estive abalada. Estou me normalizando. Sempre vivi tudo muito diferente de hoje e aos poucos vou gostando dessas novas experiências.
Ainda não compreendo tudo e por isso meus sentimentos estão um pouco fora do lugar. Mas, sei que está tudo bem.
Pela primeira vez não estou projetando as frustrações de hoje em realizações futuras. Não quero assim. Futuro, realmente, é muito tempo. Quero construir por hoje. Lógico que tudo muda de novo e isso dá medo. Mas, gosto da minha companhia. Aprendi a amar assim. Me tornei melhor depois disso.
Quase tive uma recaída em minhas dores, mas uma conversa me salvou. Descobri que não quero usar o PaLaVrAs como diário.
Não tenho mais necessidade de dividir tanto. Tenho sim de me recolher. Uma coisa ou outra virá para cá. Só o que eu quiser mostrar. Talvez para matar outras saudades. Mas, já não me entregarei assim por inteiro.
Não tenho mais necessidade de dividir tanto. Tenho sim de me recolher. Uma coisa ou outra virá para cá. Só o que eu quiser mostrar. Talvez para matar outras saudades. Mas, já não me entregarei assim por inteiro.
Coisas que preciso enumerar dos últimos tempos: aos que amo sou transparente, me dôo até demais. Aos que não me conhecem tenho tendência ao ostracismo. Vou tirar um tempo maior para a leitura, há pelo menos 20 livros na estante que quero desbravar. Irei mais vezes a praça com o Bê, quero vê-lo se sujar mais. Também necessito de mais sol. Começarei hoje, se encontrar minhas chaves. Na sexta-feira comecei a andar de bicicleta, o repetirei algumas vezes por semana. Até começar a trabalhar vou continuar investindo nos dotes culinários (entendam, às vezes isso é destrutivo). Vou sumir um pouco de algumas vidas, saudades fazem bem. Quero ver mais TV, ouvir menos rádio. Se conseguir esta noite vou apagar a luz. Abrir um pouco a janela. Vou guardar o edredom aos primeiros sinais do verão. Quero acordar mais cedo todos os dias. Ir a missa no domingo de manhã, não importa onde esteja. Obrigar o Bernardo a comer mais vezes. Hoje aguardo uma noticia de nascimento. Tenho coisas para jogar fora. Caixas a limpar. Outras guardar. Como todo fim sinto necessidade de fazer faxina por dentro, por fora, em tudo que puder. Deve haver mais coisas que desejarei começar, não lembrarei de todas agora. O que é certo, embora contraditório é que hoje é Ano Novo, então vamos a vida nova.
De todos meus amores os verdadeiros sempre permaneceram. Já provei disso. E sei que hoje o amor não é o ‘formato mínimo’ e isso já é válido. Poderia usar de outros para falar de coisas que não direi. O que realmente interessa é a essência, no mais a raposa também ficou sozinha porque em outro lugar havia uma rosa. E a gente não sabe, de verdade, o final dessa história.