sábado, 18 de agosto de 2007

O amor mudou de face. Ganhou nova máscara, novas vontades. Por vezes sorri com o riso da criança, outras com os olhos do palhaço. Às vezes cheira talco, por vezes apenas suor. Depende do formato. O que conheço agora é simples, é o formato mínimo do amor. Não sente o perfume da flor nova, veste-se de ar. Respira trôpego, renasce no descanso lívido da menina.

Nem lembro-me mais do amor perfeitinho, a vida de cada um se transformando na mescla do nós. Não lembro direito quando foi a última vez que acreditei nele. Não me recordo do momento em que ouvi aquele famoso sininho tocar e na hora preciosa em que entregava-me a este mesmo amor também não tocou nossa canção.

Então, será que ainda não fui apresentada ao sentimento que move a criação ou será que ele não existe fora dos contos literários?
Ao decorrer dos anos desde o primeiro selinho inocente até a hora marcada para o nascimento da mulher e em meio algumas decepções percebo que ainda não senti essa entrega total do outro.

A face do amor tornou-se confusa a principio, hoje está mais clara. Amor em seu formato mínimo, amor estridente, avassalador... não importa! Basta que seja amor.
E o meu transformou-me. De menina para mulher, de mulher à mãe. Do esquecimento à eterna lembrança.

Um comentário:

Anônimo disse...

pois � ... como sempre escrevendo de maneira formid�vel e encantadora..fazendo das palavras a express�o mais bela dos sentimentos... n�o importando se s�o bons ou ruins... torna-os sempre agradav�is!!!
bjOsss
t amoooo lindaaaaaaaaa e o B� tb�mmm!!!