sábado, 18 de agosto de 2007

Matéria-prima de almas


Palavra. O novo segredo da vida. Tê-las, como usá-las, silenciá-las. Amo as palavras. É o sentido do comunicar.
Amo mais as palavras mudas, as palavras lacunas que são expressas de forma diferente, alheia a compreensão dos tolos. Amo as palavras passadas, as que falam de forma sutil, que não necessitam ser ouvidas. Amo as palavras ditas. Amo aquelas que ainda não foram escritas. O que seria de mim poeta sem a combinação das letras? Amo as palavras trocadas, as palavras irmãs e as antagônicas. Amo o mundo que elas nos trazem. O mar que me permitem mergulhar; mar de sanidade da alma e da liberdade da voz.
Amo as palavras que se escondem ensinando-nos a pensar. Tenho paixão pelas palavras difíceis! Ah!! Essas sim.. essas me fazem suspirar! Sempre surpreendendo, dando novo significado ao que conheço e me apresentando ao desconhecido.
Amo tanto as palavras, como o Dr. Quejando o gerúndio, amo tanto quanto você a saudade. Amo a incerteza e a possibilidade que elas trazem. Amo-as por me fazerem mais humana, mais sensível e me tornarem menos tola.
Amo o discurso e as composições que elas tecem. Amo as palavras por serem passíveis de sentimento. Amo-as por me trazerem para tão perto de meus sonhos e levaram-me para tão longe de meus medos.
Amo o som que criam, o riso que provocam e o coração que atingem. Amo-as muito mais que aos gestos. Pois, estes são fáceis de serem esquecidos e elas sempre serão eternas!

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