quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

O que não ousamos dizer



Já não escrevo. Escrever é verbalizar sentimentos e opiniões que nem sempre pedem vida. Embora fiquem pulsando dentro da gente.
São como formiguinhas na mente que ficam brincando com a nossa paz para adoçar a rotina. Ou nos sugá-los dela.
Mas, se a gente escreve corre o risco de ecoar aos montes aquilo que só nos faz bem no campo da imaginação.
Então a gente brinca que escreve para fingir para as formiguinhas que elas conseguiram seu propósito. E respira aliviado por saber que não cedeu a vontade do poeta adormecido que vive a espreita de nossas escolhas.
Ufa. Conseguimos. Ludibriamos a nós mesmos. Enganados e convencidos de que não foi dito mais que deveria. E o que importa segue velado.

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