sexta-feira, 16 de março de 2007

Começou com uma manhã fria quase como de inverno, foi aquecendo com o calor do sol de verão que demorou neste dia para acordar. Tudo era mero silêncio, que exista a paciência.
Os dias passavam lentamente e nada a faria sorrir de verdade, havia perdido o brilho motivador da menina que um dia resistiu ao tempo. Agora tinha que ser mulher. E era difícil sê-lo. Os sonhos tinham perdido o valor e na alma já não encontrava a mesma efervescência de outra hora. Tudo havia mudado.

Não era o caminho planejado para seguir, mas algo que impulsionava a ir e acreditar que havia um motivo de ser toda essa dor. Então, não desistiu. E todo dia quando esta vontade crescia, lembrava que era só por hoje e assim seguia...

Não era a maneira que tinha encontrado de ser feliz, não era o que chamava de felicidade, vivia mais de saudade. E então não vivia. Porque viver é seguir sem lembrar com dor, era ser a vida que nascia, o sorriso que enaltecia, o aroma da alegria que tinha vivido nos últimos meses e que agora transformara-se em recordações... que saudade que ficou. Os amigos, as faces que amava, as lágrimas da despedida e o mundo novo que se abria... um vento que pairava em sua medíocre vida.

Talvez uma visita a felicitasse, talvez uma música, uma foto... mas, tudo ainda resumia-se a lembranças, nada mais era realidade.

Assim, terminava breve e longa. Sem mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

E o término é começo de uma vida, a multiplicação dela e a força que vem daí de dentro e que é grande demais. :*