sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um ano, por escolha

Casamento, é uma história engraçada de duas pessoas que acreditam demais uma na outra.
Há um ano, quando ainda curtia os emocionantes momentos de preparativos para a festa, a prova do vestido, as decisões de usar ou não buque, a cor do sapato... Não, eu de fato não imaginava o que estava por vir.
A mudança de vida esperada, a casa da sogra, o abraço de toda noite, ele para acordar e fazer mamadeira. Quanta novidade! Ter alguém ali quase 24hrs, para me ouvir, apoiar, mostrar caminhos, sonhar e planejar. Alguém que o Bê poderia chamar de pai a vida toda e que trocaria as fraldas dele por mim.

Então veio a vontade de aumentar a família, a decisão de não retormar a faculdade, a descoberta de dois cistos que impediam o primeiro desejo. As brigas com a sogra, a mania dela de levar café pro marido, pro filho e pra nora na cama e querer lavar as nossas roupas.
Mais em frente a decisão de comprar um apartamento e de fato a alegria de comprá-lo. Depois, trocar a moto por um carro, e adquirir o carro e deixar a moto. Finalmente em 9 meses (como tudo em minha vida...), a decisão de pagar aluguel. Encontramos a nossa casa, e uma proprietária chata, que se metia com a conta de luz que nós pagavamos, com as garrafas de água que jogavamos fora.
Encontramos a segunda casa, e aí sim um lar. O quartinho do Bê, um liquidificador novo e um ferro de passar roupa. A divisão dos serviços da casa e depois de comer mal durante quase três meses, a opção de que cozinhar não é uma opção para nós.

Foram 300 e tantos dias de emoções constantes e decisões.
Das mais simples as mais complexas, mas o importante é que para nós dois outra decisão foi constante, foi a nossa escolha de todos os dias... a de estar ao lado do outro.
Mesmo, quando tivemos problemas financeiros, mesmo quando tivemos vontade de nos separar um da família do outro.
Estivemos ali, um para o outro todos os dias, em todos os momentos, nos de amor, nos de raiva, nos de conflito, nos de imperfeição e todos estes construiram essa base sólida - que chamamos de casamento.

Marido, isso é para ti, porque acreditou em mim como ninguém mais, porque lutou por mim como ninguém mais, porque me tomou para ti - nos tomou para ti, por me escolher todos esses dias... Teamo! Desse jeito mesmo, do avesso, pois só sei amar desse jeito - meu jeito.
E agora virão outros anos, mais uma festa de casamento - a do matrimônio. Virá mais uma afilhada, outros problemas. Mas, não importa, porque sei que estaremos ali.

....

Só não te perdoô de uma coisa - teres feito do meu Bê um colorado... e assim o tornaste mais teu, que meu...
=)
Têamo!