terça-feira, 20 de maio de 2008

Senti vontade de chorar, recordei já ter chorado tantas vezes e nada ter feito mudar que minhas lágrimas secaram de desgosto.
Senti vontade de lhe dar aquele merecido tapa na cara, lembrei de tantas outras vezes que detevi minha ânsia do mesmo e me calei.
Senti vontade de esbravejar, gritar, fugir...recordei que podia assustá-lo e preferi me ausentar.

Perdi a vontade.
Sentei, esqueci, mudei de idéia.
Não fui, não cheguei. Alcancei qualquer coisa no meio do caminho e fiquei estática.

Perplexa admirei através do espelho a chuva que escorria na face escondida.
Um edredom, uma fronha, uma mão.

E a chuva. Eterna companheira.

2 comentários:

  1. A canção da qual lhe falei. É perfeita:

    Ouve o barulho do rio, meu filho
    Deixa esse som te embalar
    As folhas que caem no rio, meu filho
    Terminam nas águas do mar

    Quando amanhã por acaso faltar
    Uma alegria no seu coração
    Lembra do som dessas águas de lá
    Faz desse rio a sua oração

    Lembra, meu filho, passou, passará
    Essa certeza, a ciência nos dá
    Que vai chover quando o sol se cansar
    Para que flores não faltem
    Para que flores não faltem jamais


    O Rio - Composição: Seu Jorge, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, Marisa Monte

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  2. qualquer lágrima tem um porém, mas pode não ser eterna. chorar faz bem, com a chuva caindo ainda mais. mas seguir em frente é o mais importante.

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