sábado, 28 de junho de 2008



O semestre chega ao fim;
Algumas mudanças se aproximam,
A hora da verdade chega e isso é profundamente bom!
Talvez porque mudanças sempre me assustem, talvez por que isso gere instabilidade emocional ou somente por lembranças das ausências que irei sentir.
Ao certo não sei.
Mas, vivo um momento de ressaca moral, medos, culpas, neuras em excessos. O tal certo, o esquecido errado.

Uma amiga que não vai furar encontros,
Um abraço de lado que só irei ganhar pelo uppa do msn,
Uns conselhos malucos da Lu que só receberei por e-mail...
E como irei contar tudo em tantos detalhes?
E como dizer pra Luli parar de fumar?

tsc...tsc..

Risos na lembrança.
Um corpo que não terei.
Um sorriso, dois, três, muitos...
Uma oportunidade perdida de conhecer, uma chance trocada pelo depois.
Uma presença indesejável que poderei esquecer mesmo ao ver de outra forma, mas nesta forma amo cada dia mais. Na principal detesto todo dia um pouco mais.
Se ele conta por burrice? Ou por saber que saberei? Se sabe que continuei na ridiculidade de escrever profecias de amor e até aqui publiquei?
Ah...se sabe, continua sem entender.
"Ela vive tudo intensamente demais" - disse.
Respondo: Vivo. E não posso beber de um copo d'água só 1/3 se tenho sede de um copo cheio.
E quer saber? Me importo por ter me importado em tantos momentos com tão pouco. Mas, de maneira alguma por ainda sentir falta. E isso é imensamente bom. Não precisar mais chorar, não esperar mais um olhar.

E são tantas outras vírgulas, e são tantas outras pessoas que ficam e vão, e são importantes.
Algo me traz a certeza de que nada acaba.
De que não serei esquecida.
Mas, felizmente lembrada.

Embora, todas essas certezas não matem a saudade...
tsc..tsc..

quinta-feira, 26 de junho de 2008


"Ao encontro das palavras certas,
Porque assim no olhar que fica, parece que combina o que não se entende, o que não se diz...
Até o que não se pensa, ao que nos permitimos ser/ estar e lembrar então!
E ao nos olhar sei que algo fica, a combinação que ao se combinar combinou nas letras não ditas de uma noite tão casual!"

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Uma música,

"E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N"Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novoDe novo...de novo...de novo..."

N - Nando Reis

Para guardar antigos sentimentos e lembrar. Para esquecer e não juntar nossos "n's"!

domingo, 8 de junho de 2008

Há muito tempo não escrevo. Já foram tantos acontecimentos, tanta coisa para se fazer.
Preciso por minha vida em ordem, a casa está uma bagunça sem fim.
Ontem parei de trabalhar. Ontem o pai me ligou. Ontem tive crise de choro. Ontem não o vi (graças!). Ontem choveu. Ontem não tive a Nat por perto. Ontem tive emoções. Vivi sensações. E hoje? Tudo foi embora com o temporal... O choro desesperado.
Quero minha psicóloga! Mas, nem tenho paciência para contar toda minha história uma vez mais. Tenho uma decisão para tomar e acho que ninguém deve me aconselhar.
Hoje tenho que ser racional.
Hoje escrevo com uma caneta fina e não gosto.
Hoje ainda não tocou uma música que me agrade.
Hoje o Bernardo dorme e então tenho mais tempo.
Hoje não confio em quase niguém. Me importo menos com os outros. Mas, ainda brigo por não se importarem consigo mesmos.
Hoje amo menos. E me sinto sem sensação alguma. Isso é ser forte? Ou isso é estar vazia?
Não amo mais a criatura, ou abri espaço para assumir e não perdoar.
Hoje amo demais a mim para permitir que me façam sofrer.
Hoje não permito invasões repentinas e penso mais que antes.
Ainda quero mudar.
Mudar de casa, mudar meus horários, mudar de roupas, o corte do cabelo e a cor das unhas.
Só permito que permaneçam duas "coisas": o Bernardo e o Jornalismo. Todo o resto aceito jogar fora. Se pudesse deixar mais coisas pediria a Nat, a Lari, a Lu, a Luli (amiga chorona, sentida..mas, muito amada) e Carina (pra não ficar com ciúmes..heheh). O resto não quero, do resto muito pouco me faz bem, mas é certo que não faz falta.
Quero uma casa com sol, brinquedos espalhados pelo chão da sala, muitos livros em uma estante, um rádio que toque músicas que me agradem os ouvidos. Quero mais tempo. Quero um banho longo. Quero um guarda-roupa maior e uma cama de casal. Quero buscar criança na escola e sair para trabalhar. Quero conversas agradáveis de horas ao telefone e um passeio com o Bê no carrinho pela praia. Quero chimarrão no fim da tarde de sábado e almoço para fazer todos os dias. Embora, não queira roupas para passar. Quero mais espaço meu. Quero assistir filme com amigos no sábado a noite com direito a pipoca e guaraná, enquanto o Bernardo dome tranquilo no berço.
Ah! Quero até um marido. Alguém para compartilhar tudo isso e para discutir onde devemos almoçar no domingo. Mas, só o quero depois de desfrutar de tudo isso sozinha e ter a chance de mudar de idéia.
E se eu viver tudo isso, quero me formar ainda e ter outro filho. E quando estiver grávida quero ser muito mimada, paparicada até o último minuto. Quero comprar um enxoval. Quero ter parto normal. Quero ter uma família sadia e feliz.
E depois de tudo isso quero estar de bem com todos. Quero amar sem dever satisfações. Quero amar sem me dividir, sem ter que magoar alguém. Amar com limites e sem culpas. Quero que o Christian se exploda na vidinha medíocre dele. Quero que minha mãe se torne minha mãe por algum momento ao menos. Vou mimar meu afilhado que a Lari prometeu! Vou guardar com carinho eterno, e este sim amor sem medidas, o Gustavo no meu coração.
E quero reencontrar amigos, viver despedidas, ver gente feliz. Quero segurança e estabilidade emocional. Quero escrever um livro. Nem sei se quero ser repórter. Talvez assessora intitucional. Mas, quero mesmo fazer mestrado em educação. Quero aprender a falar espanhol e italiano. Fotografar pessoas e lugares. Sorrisos e lágrimas.
Quero morar na praia e viajar nas férias para o frio. Quero ensinar o Bernardo a soltar pipa, andar de bicicleta, subir em árvore, tirar 10 em redação e gravar a tabuada. Quero ver apresentações escolares dele e vê-lo ganhar prêmio de Ciências na escola.
Quero uma vida bem normal. Quero ser mulher mãe sem um título de super na frente. Apenas quero ser meu melhor sem sacríficios descabíveis e cobranças exageradas.
E sigo eterna sonhadora. Amante da vida.



"E a minha rosa, que conta outras histórias, mora longe, existe perto. E a rosa que veio sem espinhos, cantada por um príncipe..."